Brasília – O Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) promoveram na última sexta-feira (11), de forma virtual (online), a sessão inaugural do Elas Exportam, programa de mentoria concebido e desenvolvido pelo MDIC em parceria com a Apex Brasil.
A ação contou com a participação dos parceiros do programa: Rede Mulher Empreendedora (RME), Banco do Brasil (BB), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Durante duas horas, as participantes puderam conhecer um pouco mais das atividades que serão desenvolvidas, além de participar de treinamento sobre mentoria realizado pela Coordenadora Nacional do SEBRAE Delas, Renata Malheiros.
“Match” entre mentoras e mentoradas
As 20 duplas de mentorias já foram formadas. Neste primeiro ciclo, são 20 empresárias experientes na área de exportação a orientar 20 empresas lideradas por mulheres que desejam começar a exportar.
A seleção final incluiu empresas de setores como de alimentos, bebidas, moda, artesanato, engenharia, móveis, produtos químicos, metais, pedras preciosas e joalherias. Com relação ao perfil das mentoradas selecionadas, 75% são pretas ou pardas e todas são da região Norte e Nordeste do Brasil.
Ao todo, foram 393 candidatas ao programa como mentoradas e 169 inscritas como mentoras.
Sobre o Programa
O Programa “Elas Exportam” terá duração de seis meses e deverá ser repetido em ciclos futuros, a cada semestre. O programa terá uma série de atividades tais como as mentorias individuais e coletivas, oficinas e seminários, com o intuito de aprimorar habilidades técnicas e socioemocionais necessárias ao impulso da atividade exportadora. O programa deverá contribuir também para o estabelecimento de rede de apoio e de contatos.
A Diretora do Departamento de Promoção e Facilitação do Comércio, Janaina Silva, destaca que mulheres investem mais na família e trazem maior prosperidade para a comunidade em que vivem quando elas prosperam economicamente. Sendo assim, o desenvolvimento de políticas públicas que aumentem a participação de mulheres no comércio exterior não é apenas justo do ponto de vista de igualdade de oportunidades e de redução do gap de gênero, mas também é economicamente interessante que tenhamos mais mulheres participando dessa comunidade, multiplicando as externalidades positivas e desconcentrando os benefícios do comércio exterior.
Cenário atual
O estudo “Perfil das Firmas Exportadoras Brasileiras, Um Panorama”, publicado recentemente pelo MDIC, apresenta um conjunto de dados que demonstram que empresas inseridas no mercado internacional tendem a oferecer remunerações melhores para seus funcionários e que também empregam mais.
No entanto, apenas 1% das empresas brasileiras exportam e, dessas, apenas 14% pertencem em a mulheres, de acordo com um segundo estudo, denominado “Mulheres no Comércio Exterior, Uma Análise para o Brasil”. Observou-se também uma maior inserção de mulheres no grupo de micro e pequenas empresas.
(*) Com informações do MDIC