Deficit no comércio com os Estados Unidos deverá atingir este ano de US$ 11 bilhões a US$ 12 bilhões

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Da Redação

Brasília – O deficit acumulado pelo Brasil no comércio com os Estados Unidos se aproxima dos US$ 10 bilhões e a estimativa é de que poderá chegar a uma cifra entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões até o fim deste ano. No período janeiro/outubro, a balança comercial bilateral é favorável aos Estados Unidos no montante de US$ 9,608 bilhões, fruto de exportações americanas no valor de US$ 30,254 bilhões e vendas brasileiras totalizando US$ 20,646 bilhões.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o comércio entre os dois países deverá ser marcado pelo estabelecimento do maior superávit já registrado na história desse intercâmbio. Até então, os maiores saldos favoreceram ao Brasil e foram alcançados nos anos de 2005 (saldo de US$ 9,873 bilhões, o maior da história) e 2006 (superávit brasileiro de US$ 9,867 bilhões, o segundo maior de toos os tempos).

A queda expressiva nas exportações brasileiras de petróleo foi um dos principais fatores que contribuíram para desequilibrar a balança bilateral que foi favorável ao Brasil até o ano de 2006, quando essa tendência começou a ser revertida. Entre os meses de Janeiro e Outubro, as vendas de petróleo aos Estados Unidos somaram pouco mais de US$ 3,130 bilhões, ante mais de US$ 5,196 bilhões computados em igual período do ano passado.

Em ritmo menos acentuado mas nem por isso menos significativas, foram registradas quedas nas exportações de outros produtos seminanufaturados ferro/aço, que passaram de US$ 1,304 bilhão exportados em 2012 para pouco mais de US$ 1,053 bilhão nos dez primeiros meses deste ano. Por outro lado, as vendas de álcool etílico tiveram uma retração de 10,09%, passando de US$ 1,099 bilhão para US$ 988 milhões este ano. Maior ainda foi a queda das exportações de ferro fundido bruto não ligado, que decresceram de US$ 766 milhões em 2012 para US$ 562 milhões nos dez primeiros meses de 2013, uma retração de 26,59%.

Na outra ponta da balança, enquanto o Brasil reduzia as exportações de petróleo, os Estados Unidos aumentavam consideravelmente as vendas de óleo diesel e outras gasolinas. De janeiro a outubro deste ano, as exportações de óleo diesel somaram US$ 2,370 bilhões (contra US$ 1,797 bilhão em 2012), enquanto foram exportados US$ 948 milhões em gasolinas (ante US$ 405 milhões no ano passado, um crescimento de 134,12%). Foram registrados também fortes aumentos das vendas de trigo (US$ 810 milhões contra apenas US$ 13,5 milhões em 2012) e de outros propanos liquefeitos (US$ 531 milhões em 2013 e US$ 200 milhões nos dez primeiros meses do ano passado).

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