Deficit no comércio do Brasil com a União Europeia soma US$ 2,384 bilhões de janeiro a outubro

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Da Redação

Brasília – O deficit acumulado pelo Brasil no comércio com os países-membros da União Europeia não para de crescer. De janeiro a outubro, o intercâmbio comercial com os países europeus registra um saldo negativo de US$ 2,384 bilhões, o maior na história do comércio com os países da União Europeia. Ano passado, em igual período, a balança comercial bilateral era favorável ao Brasil no montante de US$ 1,560 bilhão.

Nos dez primeiros meses deste ano, as exportações brasileiras para a União Europeia totalizaram US$ 40,327 bilhões (contra US$ 41,174 bilhões no mesmo período em 2012). Enquanto isso, as vendas europeias ao Brasil somaram US$ 42,271 bilhões (US$ 39,614 bilhões de janeiro a outubro do ano passado).

A relação dos principais produtos exportados pelo Brasil aos países da União Europeia é marcada pela forte concentração nas commodities e em especial a soja e minérios de ferro. As vendas de soja somaram, de janeiro a outubro, US$ 6,164 bilhões e as exportações de minério de ferro totalizaram US$ 3,615 bilhões. Outro item importante foi o café não torrado, não descafeinado, em grão, que gerou uma receita de US$ 2,062.

O saldo negativo acumulado este ano no intercâmbio com os países europeus deve-se, em grande parte à queda brusca das exportações de petróleo que renderam ao País US$ 2,296 bilhões nos dez primeiros meses do ano passado. Ainda que em menor escala, foi também importante para esse deficit a redução das vendas de café não torrado, em grão, que caíram de US$ 2,587 bilhões em 2012 para US$ 2,062 bilhões em dez meses deste ano.

E enquanto a pauta exportadora brasileira tem uma forte concentração em commodities, os países da União Europeia exportam para o Brasil essencialmente produtos industrializados, de maior valor agregado.

De janeiro a outubro de 2013, os principais itens dessa pauta foram automóveis (US$ 1,013 bilhão), gasolina (US$ 800 milhões), cloretos de potássio (US$ 601 milhões), partes e acessórios de carroçarias para automóveis (US$ 559 milhões e partes e acessórios para tratores e automóveis (US$ 525 milhões).

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