Da Redação
Brasília – Nos seis primeiros meses do ano, o Brasil acumulou um deficit de US$ 3,269 bilhões no comércio com os países-membros da União Europeia, número que equivale a um crescimento de 849,82% do saldo negativo de US$ 436 milhões registrados com os europeus em igual período de 2012. As informações foram divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os países da União Europeia sempre foram importante fonte de superávits para o Brasil em seu comércio exterior. Em 2011, por exemplo, as trocas com os europeus foram favoráveis aos brasileiros em US$ 6,519 bilhões. A partir daquele ano, o panorama começou a se modificar. As exportações brasileiras para a União Europeia iniciaram forte curva declinante, enquanto os europeus aumentaram consideravelmente as vendas ao mercado brasileiro. Assim, em 2012, o saldo brasileiro caiu para US$ 1,188 bilhão.
No primeiro semestre deste ano a balança comercial bilateral já está favorável aos europeus em US$ 3,269 bilhões e especialistas em comércio exterior arriscam uma previsão de que o deficit poderá chegar a mais de US$ 6 bilhões ao final do ano.
Esses números se devem mais à redução das exportações brasileiras para o mercado europeu que a uma forte expansão das vendas europeias ao Brasil. Assim, as exportações brasileiras que somaram US$ 23,956 bilhões de janeiro a julho do ano passado, caíram para US$ 21,771 bilhões em igual período deste ano. Na outra ponta, as vendas europeias passaram de US$ 23,520 bilhões no primeiro semestre de 2012 para US$ 25,041 bilhões em igual período deste ano.
Entre janeiro a julho, as exportações para a União Europeia tiveram uma queda de 9,12%, enquanto as vendas europeias ao Brasil cresceram 6,46%. Do lado brasileiro foram registradas retrações tanto nas exportações de produtos básicos (da ordem de -6,50%) quando de produtos semimanufaturados ( -0,61) e manufaturados (-16,62), comparativamente com os seis primeiros meses do ano passado.
Com as importações em alta e exportações em queda, o Brasil, o país já é responsável pelo quarto maior superávit obtido pela União Europeia, atrás apenas dos Estados Unidos, Suíça e Turquia