Redação (*)
Brasília – Com os dados da segunda semana de março divulgados hoje (14) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira já acumula em 2016 um superávit de US$ 6,030 bilhões. O saldo é fruto de exportações no total de US$ 31,044 bilhões e importaçõesno montante de US$ 25,014 bilhões,
A balança comercial da segunda semana de março, com cinco dias úteis, registrou superávit de US$ 828 milhões, resultado de exportações de US$ 3,330 bilhões e de importações de US$ 2,502 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A média diária das exportações da segunda semana do mês foi de US$ 666 milhões, 14,7% abaixo da média da primeira semana (US$ 780,9 milhões). Essa retração se deu por conta das vendas de produtos manufaturados (-27,1%) – principalmente de centrifugadores e aparelhos para filtrar ou depurar, automóveis de passageiros, aviões, etanol, açúcar refinado, laminados de ferro/aço, polímeros plásticos – e semimanufaturados (-27,1%) – em razão de celulose, ouro em forma semimanufaturada, ferro-ligas, couros e peles, alumínio em bruto. Por outro lado, as exportações de básicos cresceram 2,9%, puxadas por soja em grãos, petróleo em bruto, milho em grãos, minério de ferro, café em grãos, carne bovina.
Do lado das importações, a média diária da segunda semana de março (US$ 500,5 milhões) foi 6,2% acima da média diária da primeira semana do mês (US$ 471,2 milhões) explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, produtos plásticos, instrumentos de ótica e precisão, e siderúrgicos.
Mês
A média diária das exportações até a segunda semana de março (US$ 717,1 milhões) foi 7,1% abaixo da média de março de 2015 (US$ 771,8 milhões) em razão da queda nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (-12%) – especialmente ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, couros e peles, ferro-ligas, celulose –; básicos (-8,8%) – principalmente por causa de minério de ferro, farelo de soja, petróleo em bruto, minério de cobre, café em grãos, carne de frango – e manufaturados (-1,8%) – por conta de laminados planos de ferro e aço, motores para automóveis, motores e geradores elétricos, autopeças, óxidos e hidróxidos de alumínio, suco de laranja não congelado, bombas e compressores, medicamentos para medicina humana e veterinária.
Na comparação com fevereiro deste ano, também pela média diária, as exportações cresceram 2,1%, impulsionadas pelas vendas externas de básicos (12,9%). As exportações de semimanufaturados caíram 18% e as de manufaturados ficaram inalteradas.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de março foi de US$ 487,5 milhões, 35,1% abaixo da média de março de 2015 (US$ 750,8 milhões), em especial pelos gastos com combustíveis e lubrificantes (-54,6%), siderúrgicos (-45,1%), equipamentos eletroeletrônicos (-43,9%), automóveis e partes (-39,5%), equipamentos mecânicos (-36,7%), e produtos químicos orgânicos e inorgânicos (-28%). Na comparação com fevereiro de 2016, houve retração nas importações de 10,1%, causadas por combustíveis e lubrificantes (-41,3%), farmacêuticos (-18,7%), equipamentos mecânicos (-10,8%), instrumentos de ótica e precisão (-9,5%) e adubos e fertilizantes (-8%).
Ano
Até a segunda semana de março, as exportações totalizaram US$ 31,044 bilhões e as importações US$ 25,014 bilhões, gerando um superávit US$ 6,030 bilhões e revertendo o déficit registrado no mesmo período de 2015, de US$ 6,084 bilhões. As exportações acumularam média diária de US$ 646,8 milhões, valor 5% menor que o verificado no mesmo período de 2015 (US$ 680,6 milhões).
Já as importações apresentaram desempenho médio diário de US$ 521,1 milhões, 35,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2015 (US$ 804,8 milhões). No ano, a corrente de comércio soma US$ 56,059 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,167 bilhão, 21,4% menos que o verificado em 2015 (US$ 1,485 bilhão).
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(*) Com informações do MDIC