Crise no Mar Vermelho: quais os impactos no comércio internacional e no câmbio?

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Curitiba (PR) – A crise no Mar Vermelho tem gerado preocupações significativas para a economia global e o comércio exterior. Os recentes ataques realizados pelos rebeldes houthis têm interrompido as principais rotas comerciais, afetando o fluxo de mercadorias e causando impactos em diferentes setores.

Os impactos econômicos dessa crise são significativos. Uma das principais consequências é o prolongamento dos prazos de envio, com tempos de trânsito mais longos.

O atraso pode se estender por semanas, o que gera problemas de liquidez e estoque tanto para clientes quanto para fornecedores. Além disso, os preços do transporte marítimo têm aumentado consideravelmente, com custos de contêineres multiplicados por 3 ou até 4, dependendo da urgência da entrega.

Esses aumentos de custos têm levado alguns importadores a cancelar parte de seus pedidos, afetando o comércio exterior.

“O reflexo imediato é no preço dos transportes marítimos, aumentando o custo dos seguros por conta do maior risco de sequestro de navios e/ou de frete pelo aumento da quilometragem percorrido pela mudança de rota, uma vez que o Canal de Suez se torna mais perigoso, principalmente a região do golfo de Aden, e o Cabo da Boa Esperança se torna uma alternativa mais segura, porém mais cara, por conta da distância percorrida”, destaca Marcelo Cursino, gerente de estratégia comercial do Braza Bank.

Impactos no comércio exterior

 O comércio exterior também tem sido afetado pela crise no Mar Vermelho. Os atrasos nas remessas e o aumento nos custos de transporte têm gerado preocupações para os exportadores na costa leste da China, por exemplo.

Em vista disso, o aumento nos custos de envio de mercadorias pode contribuir para a elevação dos preços dos bens manufaturados em um momento crucial na batalha contra a inflação. A interrupção das principais rotas marítimas ainda pode comprometer as cadeias de abastecimento globais, dificultando o acesso a matérias-primas e componentes essenciais para a produção de diferentes setores.

“No nosso comex, o Brasil não tem grandes dependências diretas de Irã e Paquistão para sua balança comercial como possui com outros países, porém o impacto indireto pode acontecer através do aumento de custos”, reforça Marcelo Cursino.

Impactos no câmbio e na inflação

 Essas mudanças de preços no comércio internacional também podem gerar um impacto inflacionário ao redor do mundo. O cenário já vem em um momento em que diversos países, inclusive os Estados Unidos, buscam maneiras de mantê-la sob controle.

De maneira geral, câmbio e inflação costumam andar próximos. Para entender melhor, clique aqui para  saber como esses dois conceitos estão interligados.

Contudo, apesar dos impactos já existentes, a expectativa é haver esforços para controlar a possível escalada das tensões na região.

“Quando a gente fala de uma possível escalada de tensões no Oriente Médio, sempre precisamos considerar que o cenário regional é muito complexo e, a meu ver, nenhuma das grandes potências gostaria de um novo conflito de alto impacto pois já temos diversas frentes de conflito atualmente: Ucrânia vs Rússia, Israel vs Hamas, guerras regionais africanas, escalada de tensões na fronteira entre Venezuela e Guiana”, argumenta o gerente do Braza Bank.

Diante de todo o cenário de incertezas e volatilidade, é fundamental buscar estratégias de proteção diante das variações do câmbio. As soluções de hedge cambial são fundamentais para empresas do comércio internacional terem mais previsibilidade em suas operações e preservarem suas margens.

Para isso, é só contar com os especialistas em câmbio do Braza Bank, o maior banco de câmbio do Brasil em volume de dólares transacionados. Clique aqui e fale conosco!

(*) Com informações do Braza Bank

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