Cresce superávit no comércio com a China e saldo totaliza US$ 8,1 bilhões de janeiro a setembro

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Da Redação

Brasília – Maior parceiro comercial do Brasil, a China deverá proporcionar ao País este ano um dos maiores superávits na história do intercâmbio bilateral, com um saldo que poderá situar-se próximo de US$ 10 bilhões. De janeiro a setembro, a balança comercial entre os dois países é favorável ao Brasil em US$ 8,106 bilhões, um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2012, quando foi registrado um superávit brasileiro de US$ 7,212 bilhões.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos nove primeiros meses do ano as exportações brasileiras para a China somaram US$ 35,911 bilhões (contra US$ 32,294 bilhões em igual período do ano passado). Por outro lado, as vendas chinesas ao Brasil alcançaram a cifra de US$ 27,804 bilhões, ante US$ 25,081 bilhões registrados de janeiro a setembro de 2012.

Os números do MDIC mostram que, apesar de ascendentes, as exportações brasileiras vão fechar o ano muito distantes da cifra recorde de exportações verificada em 2011, quando o Brasil vendeu à China mercadorias no total de US$ 44,315 bilhões. Da mesma forma, as vendas chinesas também ficarão muito abaixo da cifra recorde de US$ 34,251 bilhões apurada em 2012.

A exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos, também em 2013 a pauta exportadora brasileira para a China foi composta quase essencialmente por commodities, de baixo valor agregado. E apenas três produtos –soja, minérios de ferro e petróleo- foram responsáveis por mais de dois terços de todo o volume exportado.

Todos esses três produtos registraram aumentos relevantes nas exportações para a China nos nove primeiros meses deste ano. A soja, mesmo triturada, alcançou a cifra recorde de US$ 16,438 bilhões (contra vendas de US$ 11,611 bilhões em igual período de 2012). Os minérios de ferro geraram uma receita de US$ 10,437 bilhões (US$ 9,936 bilhões no ano passado) e as exportações de petróleo bruto totalizaram US$ 2,373 bilhões (US$ 746 milhões em 2012). Outros produtos importantes da pauta exportadora brasileira para a China foram açúcar, no total de US$ 1,080 bilhão e pasta química de madeira, com receita de US$ 933 milhões.

Da parte chinesa, a pauta exportadora continua sendo integrada principalmente por produtos industrializados. O principal item exportado ao Brasil foram outras partes para aparelhos receptores de radiodifusão/televisão, com vendas no total de US$1,225 bilhão. A seguir vieram outras partes para aparelhos de telefonia/telegrafia, com US$ 519 milhões, telas para microcomputadores, US$ 345 milhões e litorinas (automotoras), de fonte ext. de eletricidade, que proporcionaram aos chineses uma receita de US$ 241 milhões.

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