Internacionalmente, o Brasil é reconhecido por suas variações cambiais expressivas, altos custos de nacionalização e carga tributária elevada, o que torna o comércio exterior um mercado desafiador. Por isso, conhecer e considerar todos os custos envolvidos no processo de importação é o primeiro passo para entrar para este mercado.
São Paulo – Para se ter ideia, quando se trata da tarifa de importação, em geral, os produtos importados pelo Brasil enfrentam uma carga tarifária muito mais elevada do que em muitos outros países.
Segundo o estudo “Barreiras tarifárias enfrentadas pelas exportações brasileiras: uma comparação internacional, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2021, o Brasil está sujeito a uma tarifa média de importação de 4,6%, enquanto na média dos outros 17 países analisados, essa taxa é de 2,3% – apenas Argentina (5,3%) e Índia (4,8%) enfrentam taxas maiores. Outros países da América Latina estão sujeitos a uma sobretaxa média muito inferior: Colômbia (1,2%), Chile (1,2%) e México (0,4%).
Vale ressaltar que esses dados podem variar de acordo com o tipo de produto e da origem e destino da importação. No entanto, é possível afirmar que os custos de importação no Brasil podem ser significativos e afetar a competitividade dos produtos importados.
Existem diversos custos que precisam ser bem avaliados pelos importadores, já que estes interferem diretamente no valor final de um produto que está sendo trazido para o Brasil e, consequentemente, na viabilidade da importação. Alguns dos principais custos a serem considerados constam na lista abaixo.
Custo do material/produto
O primeiro dos custos de importação a ser considerado trata-se do preço da matéria-prima/insumo ou do produto já pronto no país de origem e que, posteriormente, será importado. Esse valor é repassado direto ao fornecedor, aquele que está importando o item que, consequentemente, deve repassar ao consumidor final.
Impostos
São os valores pagos aos governos federal, estadual e municipal. Incidem nas operações e indicam que o processo foi legalizado. Alguns dos tributos que podem ser aplicados sobre as importações são:
- Imposto de Importação (II):único que implica especificamente ao processo de importação. Esse tributo pode chegar até 60% do valor total da mercadoria.
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):aplicável sobre as mercadorias industrializadas nacionais ou estrangeiras.
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS):tributo estadual que varia de acordo com a origem e o destino do produto.
- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS):incide sobre a prestação de serviços vindos do exterior ou que tenham iniciado fora do Brasil.
- PIS e Cofins Importação:contribuições sociais federais voltadas para o financiamento da seguridade social.
Frete internacional
Relacionado às despesas pagas para trazer a mercadoria de fora para dentro do país, podendo ser marítimo, aéreo e também frete doméstico, que corresponde ao valor aplicado do porto para levar a mercadoria até o destino.
Despesas aduaneiras
Tarifa que varia de acordo com a complexidade do serviço e também do volume de mercadorias importadas. Em casos de importações de cargas acima de 3 mil dólares, é obrigatório ter o cadastro no Radar Siscomex, devido ao despachante aduaneiro.
Seguro da carga
Despesa não obrigatória, mas recomendada para evitar prejuízos. Nesse caso, o custo da importação fica entre 0,5% e 2% do valor da carga.
Taxas cambiais
Tratam-se das tarifas cobradas por instituições financeiras para pagamentos internacionais e incluem o câmbio, taxa spread e IOF. Esta despesa pode variar de acordo com o montante enviado e também o meio de pagamento escolhido pelo importador.
Como economizar com os custos de importação
Diante de tantas despesas no processo de importação, é fundamental ter um bom planejamento para reduzir custos e evitar prejuízos. Algumas estratégias podem ser adotadas por empresas importadoras para economizar com os custos de importação, tais como pesquisar fornecedores e negociar preços, utilizar modalidades de transporte mais econômicas, fazer uso de incentivos fiscais disponíveis em alguns países para determinados produtos e utilizar serviços de despachantes aduaneiros e ferramentas de gestão de importação, por exemplo.
Outra importante estratégia para diminuir gastos no processo de importação é contar com a instituição financeira ideal para realização de pagamentos internacionais e garantir a taxa de câmbio mais vantajosa para as operações.
Isso é possível porque as instituições de câmbio credenciadas pelo Banco Central possuem liberdade para negociar as melhores taxas e condições com seus clientes. Plataformas digitais como a Remessa Online, por exemplo, dispõem não só de tarifas mais competitivas, como um sistema que permite realizar um alto volume de pagamentos por importação de forma 100% online com autonomia, praticidade e taxas justas.
Por meio da solução da Remessa Online, empresas importadoras podem conectar seu sistema interno à infraestrutura da plataforma e realizar transações de câmbio para mais de 100 países em poucos passos e sem burocracias.
“Nós tornamos o processo de movimentar o dinheiro entre o Brasil e outros países simples e acessível. Criamos possibilidades para pessoas físicas, para pequenas e médias empresas se internacionalizarem. Agora estamos levando esse jeito de fazer transferências internacionais para empresas de comércio exterior. Fazer câmbio é o resultado do negócio dessas empresas e não deve ser algo que demande muito tempo e energia dos times envolvidos”, destaca José Dias, CEO da Remessa Online.
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(*) Com informações da Remessa Online