Marcelo Vitali, diretor da How2Go Brasil.

Como pequenas empresas brasileiras podem se internacionalizar?

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Marcelo Vitali (*)

A internacionalização oferece uma miríade de benefícios para as pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, incluindo a diversificação de mercados para aumentar a resiliência empresarial, a geração de vantagens competitivas e a exploração de novas oportunidades de crescimento. Ao contrário da percepção comum, a internacionalização não é exclusiva das grandes corporações. Atualmente, as PMEs podem expandir-se para mercados internacionais de maneira segura e eficaz, embora isso requeira planejamento rigoroso e, idealmente, a orientação de especialistas no setor.

Para as grandes corporações brasileiras, a internacionalização já se consolidou como um procedimento padrão. Um estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, envolvendo 140 empresas, revelou que 51% delas planejam iniciar operações internacionais nos próximos dois anos, enquanto 65% pretendem expandir suas atividades nos países onde já atuam. Isso indica uma tendência crescente que, em breve, deverá influenciar significativamente as PMEs.

Antes de ingressar no mercado global, as PMEs devem concentrar-se em cinco aspectos cruciais. O primeiro é a análise e pesquisa de mercado, que inclui a identificação de oportunidades, análise competitiva e entendimento das preferências dos consumidores locais. Um planejamento financeiro robusto também é essencial, englobando um plano de negócios detalhado com projeções financeiras realistas, levando em conta as variações cambiais e taxas de juros.

A rede de relacionamentos é outro elemento vital para a internacionalização, exigindo parcerias com empresas locais ou distribuidores no mercado estrangeiro. Além disso, é crucial compreender as diferenças culturais e as regulamentações específicas do mercado-alvo para garantir uma operação bem-sucedida e em conformidade com as normas locais. Por fim, a implantação gradual é recomendada, permitindo ajustes necessários durante a expansão e o estabelecimento de métricas de desempenho para monitorar o progresso.

Enfrentar desafios complexos, que incluem questões regulatórias, culturais e logísticas, é parte do processo de internacionalização. A busca por orientação de especialistas em comércio e relações internacionais, consultores ou agências governamentais, é crucial para evitar erros e tomar decisões acertadas. A assistência pode abranger desde pesquisa de mercado e orientação financeira até suporte na negociação de parcerias.

Com dedicação e paciência, as PMEs brasileiras podem assegurar uma entrada segura no mercado internacional, ampliando o alcance de seus negócios e desbloqueando oportunidades para um crescimento sustentável. O momento de explorar o cenário global é agora.

(*) Marcelo Vitali, Diretor da How2Go Brasil.

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