Comércio com o Irã fecha 2016 com fluxo bem próximo do recorde histórico registrado em 2010

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Da Redação

Brasília – Ainda de forma lenta, mas consistente, o comércio entre o Brasil e o Irã segue trajetória de alta e em 2016 as trocas comerciais bilaterais totalizaram US$ 2,312 bilhões, aproximando-se do recorde histórico registrado no ano de 2010 quando a balança comercial entre os dois países totalizou US$  2,367 bilhões.

Ano passado, as exportações para o Irã somaram US$ 2,233 bilhões (alta de 33,99% em relação a 2015) e as vendas iranianas deram um salto expressivo de 2.290%, totalizando US$ 79 milhões. As trocas entre os dois países geraram para o Brasil um superávit de US$ 2,154 bilhões.

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De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em 2016 o Irã foi o destino final de 1,2% nas exportações brasileiras e o país ocupou a posição de vigésimo-quarto principal país de destino das vendas nacionais ao exterior. Em contrapartida, o Irã foi o septuagésimo fornecedor de produtos ao Brasil, com uma participação de 0,06% nas importações brasileiras.

Na avaliação de técnicos do MDIC, os números registrados na balança comercial bilateral no ano passado e o forte crescimento das exportações de ambos os países indicam que em 2017 o fluxo de comércio brasileiro-iraniano poderá chegar a US$ 3 bilhões e seguir firme rumo à meta de uma corrente de US$ 5 bilhões almejada pelos dois países para um futuro próximo.

Ano passado, as exportações brasileiras tiveram aumentos expressivos em todas as categorias de produtos. As vendas de itens básicos, com uma participação de 84,5% no fluxo comercial, tiveram uma alta de 24,8%, puxada pelos aumentos nas vendas de milho (+8,1% para US$ 796 milhões), soja mesmo triturada (aumento de +121,8% para US$ 468 milhões e participação de 21% nos embarques), farelo de soja (alta de + 31,8% para 236 milhões e participação de 11%) e açúcar de cana (responsável por 9,2% das vendas ao Irã), com aumento de 78,9% e receita de US$ 205 milhões. A destacar-se uma ligeira queda de -2,2% nas exportações de carne bovina, com receita de US$ 374 milhões e participação de 17% nas vendas para o país persa.

Do lado iraniano o destaque ficou por conta do aumento de 2.290% nas exportações para o Brasil. O aumento em termos percentuais é expressivo mas o resultado final (exportações no total de apenas US$ 79 milhões) é não apenas modesto mas ainda situa-se num patamar muito aquém das potencialidades de uma economia em ascensão como a iraniana.

Os dados do MDIC mostram altas acentuadas nas exportações iranianas em todas as categorias de produtos. Entre os semimanufaturados, responsáveis por 65,6% de todo o volume embarcado para o Brasil, a alta foi de de 10.957% para US$ 58 milhões. No tocante aos itens manufaturados, o crescimento atingiu o percentual de 1.692% para US$ 25 milhões enquanto as exportações de produtos básicos cresceram  11,1% e geraram uma receita de US$ 1,5 milhão.

Com uma participação de 64%, os produtos semimanufaturados de ferro ou aços lideraram a pauta exportadora iraniana para o Brasil, gerando uma receita de US$ 50 milhões. A seguir veio a ureia, com uma participação de 31% e vendas no total de US$ 24 milhões.

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