Da Redação
Brasília – O Brasil acumula um superávit de US$ 6,067 bilhões no comércio bilateral com a China entre os meses de janeiro e julho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo é o resultado de exportações no total de US$ 27,048 bilhões e importações no montante de US$ 20,981 bilhões. Em termos percentuais, o saldo brasileiro caiu 1,68% em comparação com igual período do ano passado.
Nos sete primeiros meses do ano, as exportações brasileiras para o mercado chinês foram superiores em quase US$ 2 bilhões aos US$ 25,105 bilhões registrados no período janeiro/julho de 2012. Por outro lado, as vendas chinesas para o Brasil também apresentaram um aumento relevante, tendo passado de US$ 18,936 bilhões em 2012 para US$ 20,981 bilhões nos sete primeiros meses deste ano.
Os números da balança comercial com a China no período janeiro-julho foram recebidos com otimismo no MDIC e a expectativa é de que este ano o Brasil poderá alcançar o segundo maior volume exportado para a China em todos os tempos, atrás apenas dos US$ 44,314 bilhões vendidos àquele país em 2011.
Ano passado, as exportações para a China somaram US$ 41,227 bilhões e técnicos do Ministério acreditam que até o final do ano essa marca será ultrapassada. Da mesma forma, as exportações chinesas para o Brasil, que de janeiro a julho atingiram US$ 20,981 bilhões, poderão encostar e até mesmo ultrapassar a cifra recorde de us$ 34,250 bilhões vendidos ao Brasil pelos chineses no ano passado.
De acordo com os técnicos co MDIC, as perspectivas de aumento do intercâmbio sino-brasileiro este ano foram reforçadas com o crescimento vigoroso registrado tanto nas exportações quanto nas importações chinesas no último mês de julho. No mês passado, as vendas externas chinesas cresceram a uma taxa de 5,1% sobre o mesmo período do ano passado, recuperando-se de uma queda de 3,1% em junho. Enquanto isso, as importações tiveram um forte aumento de 10,9% no mês passado, depois de terem caído 0,7% no mês de junho.
Os números referentes às exportações e importações ficaram bem acima das expectativas, apontando para uma estabilização das perspectivas de crescimento, depois de uma grande desaceleração das exportações e importações nos meses anteriores. O grande salto nas importações foi particularmente notável, por ser uma indicação de que a economia chinesa está resistindo bem.
Nas últimas semanas, o governo chinês intensificou o apoio à economia com uma série de pequenas medidas direcionadas, que incluíram o cancelamento temporário de impostos para pequenas empresas. Preocupada com a deterioração das exportações, Pequim anunciou em julho que iria também cancelar algumas taxas aduaneiras de inspeção e simplificar os procedimento de aprovação.
