Da Redação
Brasília – O comércio entre o Brasil e a China estabelecerá este ano um recorde histórico e poderá atingir um total, nos dois sentidos, um total oscilando entre US$ 83 bilhões e US$ 85 bilhões, superando com folga a cifra máxima registrada em 2011, quando as trocas entre os dois países totalizaram US$ 77,105 bilhões. A expectativa agora reside na possibilidade de o Brasil obter em 2013 o maior superávit da história do intercâmbio com a China, superando o saldo de US$ 11,523 bilhões registrado em 2011.
Até o mês de outubro, o intercâmbio bilateral somou US$ 71,063 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 39,551 bilhões e vendas chinesas no montante de US$ 31,512 bilhões, proporcionando ao Brasil um superávit de US$ 8,039 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Nos dez primeiros meses de 2012, as trocas entre o Brasil e a China somaram US$ 75,478 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 41,227 bilhões e vendas chinesas no montante de US$ 34,251 bilhões. No período, a balança bilateral foi favorável ao Brasil em US$ 6,976 bilhões.
A exemplo do que vem acontecendo desde que a China tornou-se um dos mais importantes e mais recentemente o principal parceiro comercial do Brasil, a pauta exportadora brasileira é composta quase integralmente por commodities. E apenas três produtos, soja, minério de ferro e petróleo têm sido responsáveis por mais de 70% de todo o volume exportado para o país asiático.
No período janeiro/outubro, as exportações de soja totalizaram US$ 17,021 bilhões (contra US$ 12,669 bilhões em igual período de 2012). Por outro lado, as exportações de petróleo caíram para US$ 2,549 bilhões (US$ 3,493 bilhões em 2012). Outros produtos importantes na pauta exportadora para a China foram açúcar (US$ 1,249 bilhão) e pasta química de madeira (US$ 1,084 bilhão).
Em contrapartida, a China tem uma pauta exportadora bem mais diversificada, composta em sua quase totalidade por produtos industrializados. Entre os principais itens exportados pela China ao Brasil este ano figuram outras partes para aparelhos receptores de radiodifusão e televisão (US$ 1,5 bilhão), outras partes para aparelhos de telefonia/telegrafia (US$ 822 milhões), tela para microcomputadores portáteis (US$ 405 milhões), terminais portáteis de telefonia celular (US$ 324 milhões) e micropocesessadores (US$ 302 milhões).
