Da Redação
Brasília – O Brasil é cada vez mais um país dependente da China em seu comércio internacional. De janeiro a junho, a China foi o país de destino de 21% de todas as exportações realizadas pelo País. E para reforçar essa dependência, nos seis primeiros meses do ano o Brasil reduziu suas vendas para cinco de seus principais parceiros comerciais no exterior.
Fora da lista dos dez maiores, foram igualmente registradas reduções nas vendas a outros parceiros importantes, o que comprova que a redução não se restringe apenas aos dez maiores parceiros do País, espalhando-se por numerosos outros importadores de produtos brasileiros em todo o mundo.
A balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre com um deficit de US$ 2,5 bilhões. Para esse resultado muito contribuiu uma queda de 20% nas exportações para a Argentina, terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Retrações importantes foram registradas ainda nas vendas para os Países Baixos (-2,4%), Alemanha (-0,5%) e Itália (-1,89%). Também foram registradas quedas importantes nas exportações para a Coreia do Sul (-23%), Espanha (-1,6%) e México (-7,79%)
No período, as exportações para a China cresceram 4% mas esse amento não foi suficiente para dar maior equilíbrio à balança comercial brasileira que segue deficitária e o desequiíbrio só não é maior devido à exportação de uma plataforma pela Petrobrás no valor de mais de US$ 600 milhões.
E o saldo negativo só não é maior também pelo fato de que as importações igualmente têm caído devido ao consumo interno mais fraco e ao menor investimento realizado no Brasil. Assim, as compras de bens de capital caíram 5,85%, os bens de consumo foram menores em 1% e s as importações de matérias-primas tiveram uma redução de 1,8% nos seis primeiros meses do ano.
