Da Redação
Brasília – O fluxo de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos registrou no primeiro trimestre de 2016 um dos mais baixos níveis dos últimos anos, com reduções expressivas tanto nas exportações brasileiras quanto nas importações de produtos americanos. Devido à grave crise econômica que afeta indistintamente todos os principais setores da economia brasileira, aliada à desvalorização do real, as exportações brasileiras totalizaram US$ 5,055 bilhões, com uma expressiva queda de 13,21% comparativamente com o mesmo período de 2015. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na outra ponta, as vendas americanas tiveram uma redução ainda mais expressiva de 24,83% e somaram US$ 5,348 bilhões. Nos três primeiros meses do ano, a balança comercial entre os dois países proporcionou aos Estados Unidos um superávit de US$ 293 milhões. Em idêntico período do ano passado, o saldo em favor dos americanos alcançou a cifra de US$ 1,291 bilhão.
A queda de 13,21% no volume exportado para o mercado americano deveu-se principalmente ao corte nas vendas de semimanufaturados de ferro/aço (-61,3%) , petróleo em bruto (52,47%) , café em grão (-28,19%), obras de mármore e granito (-14,43%), preparações alimentícias e conservas, de bovinos (-39,43%), ferronióbio (-25,79%) e suco de laranja (-32,71).
E se as exportações brasileiras tiveram uma redução de 13,21%, as importações de produtos americanos (assim como de todos os demais grandes parceiros comerciais do Brasil) levaram um tombo muito maior. Elas foram intensamente afetadas pela forte crise que atravessa a economia brasileira, que é considerada pelos analistas econômicos a mais severa enfrentada pelo país nas últimas décadas e que ainda se encontra em franco processo de agudização.
De janeiro a março, as exportações americanas somaram US$ 5,347 bilhões, inferiores em 24,83% aos US$ 7,115 bilhões vendidos ao Brasil em idêntico período do ano passado.
A queda nas exportações dos Estados Unidos foi puxada pela redução nas vendas de óleo diesel (-30,59%), hulha betuminosa (- 33,76%), outros propanos liquefeitos (-29,65), outras partes para aviões e helicópteros (-19,31%) e álcool etílico não desnaturado (-57,59%).