Da Redação
Brasília – O deficit na balança comercial do Brasil com os Estados Unidos, que atingiu a cifra recorde de US$ 8,166 bilhões em 2011, deverá situar-se este ano abaixo de US$ 3 bilhões. De janeiro a outubro, o saldo negativo no intercâmbio com os Estados Unidos ficou em torno de US$ 2,4 bilhões, a menor cifra registrada para o período desde 2008. Nos dez primeiros meses do ano, o Brasil exportou para os americanos mercadorias no total de US$ 20,210 bilhões e importou bens no montante de US$ 22,622 bilhões, resultando num saldo negativo de US$ 2,4 bilhões.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) revelam quedas significativas tanto nas exportações brasileiras quanto nas americanas. As vendas brasileiras declinaram 9,55%, enquanto as exportações americanas desabaram 23,45% no período. Os Estados Unidos foram o destino final de 12,59% de todo o volume exportado pelo Brasil e abasteceram o mercado brasileiro em 15,48% de suas importações globais.
A pauta exportadora brasileira para os Estados Unidos tem hoje no petróleo seu item principal, mesmo com a forte queda de -34,00% registrada este ano, quando as vendas do produto totalizaram US$ 1,787 bilhão, contra US$ 2,708 bilhões exportados de janeiro a outubro do ano passado.
E apesar da liderança das exportações pertencer a um produto básico, os Estados Unidos são o principal importador de produtos industrializados brasileiros. A pauta desses bens de alto valor agregado reúne, entre outros produtos, partes de turborreatores ou de turbopropulsores (US$ 1,315 bilhão de janeiro a outubro de 2015 contra US$ 1,146 bilhões exportados nesse mesmo período do ano passado), pasta química de madeira (vendas no total de US$ 814 milhões, superiores em 5,56% às exportações realizadas em 2014).
Do lado americano, as exportações tiveram como principais destaques partes de turborreatores ou de turbopropulsores –coincidentemente, também o líder entre os produtos exportados pelo Brasil aos EUA- (vendas no total de US$ 1,364 bilhão), óleo diesel (US$ 1,163 bilhão) e hulha betuminosa, não aglomerada (exportações no montante de US$ 466 milhões).