CNI considera Acordo Mercosul-UE “melhor oportunidade para aprofundar parceria”

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Brasília – A importância do Acordo Mercosul-União Europeia também foi destacada pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Para o setor empresarial brasileiro, o tratado é a melhor oportunidade para aprofundar a parceria entre o Brasil e a UE, considerada fundamental para a promoção conjunta da indústria e para o fortalecimento das relações econômicas, comerciais e políticas, e ajudar a economia brasileira a se inserir, de maneira pragmática e competitiva, no concorrido mercado internacional.

 “O acordo é um instrumento eficiente para incrementarmos nossa parceria e criarmos um ciclo virtuoso de ampliação do comércio, dos investimentos e do emprego nos dois blocos. Nós defendemos a conclusão formal do texto acertado em 2019, sem reabertura das negociações. A entrada em vigor do tratado contribuirá para a diversificação dos nossos parceiros comerciais, um aspecto cada vez mais importante no contexto mundial, e também ajudará a reverter a crescente perda de participação da indústria nas exportações brasileiras”, declarou o presidente da CNI.

A integração dos dois blocos é crucial porque o Brasil e a União Europeia têm perdido relevância mútua em suas relações comerciais. Em 2001, o Brasil era o oitavo parceiro comercial extrabloco da União Europeia, e vinte anos depois a economia brasileira caiu para a 13ª posição entre os parceiros mais importantes do bloco. No mesmo período, a UE recuou da primeira para a segunda posição entre os parceiros comerciais brasileiros, perdendo fatias do mercado para a China.

Acordo entre os blocos econômicos promove agenda de sustentabilidade

O tratado entre o Mercosul e a União Europeia também conta com um arcabouço institucional moderno que extrapola as questões econômicas e promove ações concretas na agenda de desenvolvimento sustentável – uma das prioridades da indústria brasileira.

As indústrias brasileiras têm compromisso com os princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG) e com a descarbonização da produção, e tem feito investimentos significativos em práticas ambientalmente corretas, socialmente justas, e em sistemas de governança corporativa eficientes e inclusivos.

Indústria é parte vital da solução de desafios contemporâneos

O presidente da CNI enfatizou a capacidade de contribuição da indústria, de forma decisiva, para desenvolver soluções eficazes para os desafios que estão cada vez mais presentes no cenário global atual, provocados pelas tensões geopolíticas, pela emergência climática, pelos choques macroeconômicos e pelo avanço da digitalização.

Diante da atual conjuntura, as nações mais desenvolvidas têm adotado políticas robustas de apoio à indústria, reconhecendo a importância do setor e o papel da inovação e da transição energética para o enfrentamento de desafios e para o desenvolvimento econômico e social.

A União Europeia, por exemplo, tem um programa de apoio às cadeias produtivas domésticas e à descarbonização da produção que envolve investimentos de cerca de 662 bilhões de euros. Nos Estados Unidos, esses planos alcançam pelo menos US$ 700 bilhões.

“No Brasil, desafios específicos da nossa economia tornam ainda mais necessária e urgente a implementação de uma estratégia consistente de revitalização do setor industrial. Esse é o caminho mais adequado para o país incentivar os investimentos e a produtividade das empresas e promover o crescimento sustentado e o bem-estar da população. Por essa razão, a CNI lançou, recentemente, o Plano de Retomada da Indústria”, mencionou Robson Braga de Andrade.

(*) Com informações da CNI

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