Brasília (Comex-DF) – A China ocupou a sétima posição entre os principais parceiros comerciais do Distrito Federal entre os meses de janeiro e setembro e por este motivo, os empresários e dirigentes de instituições ligadas ao comércio exterior do DF devem estar atentos à presença em Brasília, no dia 4 de novembro, de uma expressiva missão chinesa integrada por representantes de 60 das maiores empresas daquele país.
A visita ocorrerá simultaneamente com a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), a ser realizada no Ministério das Relações Exteriores. A reunião será chefiada, do lado brasileiro, pelo vice-presidente José Alencar, e pelo vice-primeiro ministro da China, Wang Qishan.
Nos nove primeiros meses do ano, as exportações do DF para a China totalizaram US$ 5,136 milhões e a participação chinesa nas vendas brasilienses ao exterior foi de 5,25%. À frente da China estão a Venezuela, Japão, Coveite, Portugal e Emirados Árabes Unidos. Na outra ponta do comércio, a China ocupou a mesma sétima posição, com um total de US$ 36,553 milhões exportados para o DF. Nesse ranking, os chineses foram superados apenas pelos Estados Unidos, Alemanha, França, Suíça, Itália e Índia.
A gigantesca missão chinesa chega a Brasília no dia 3 e contará com a participação de várias das maiores empresas daquele país, entre outras, a petrolífera Sinopec (que assinou recentemente acordo de US$ 10 bilhões com a Petrobrás), a ZTE, de telecomunicações, as empreiteiras Shandong e Wanda, a Sany (maquinaria pesada), a Sinotrans (logística e transportes), a China South Locomotive (trens, vagões de metrô e trilhos) e China Metals (mineradora).
Este ano a China passou a ocupar o posto de maior parceiro comercial do Brasil, desbancando os Estados Unidos. De janeiro a setembro, o comércio bilateral somou mais de US$ 27 bilhões e a vinda dessa importante missão comercial atesta a importância que o governo de Pequim confere às relações com o Brasil.
Esta é a primeira delegação chinesa desse porte a visitar a América Latina e apenas os Estados Unidos e a União Européia foram alvo de missões desse nível e representatividade. Entre 2006 e 2008, três missões desse tipo foram feitas aos Estados Unidos.
A primeira, em 2006, contou com a presença de representantes de 202 empresas. Foram visitadas 14 cidades americanas e anunciados investimentos no total de US$ 16 bilhões e transações comerciais bilionárias. No ano seguinte, outra missão levou 208 companhias chinesas aos Estados Unidos e foram fechados acordos no total de US$ 32 bilhões. Este ano, o alvo dos chineses foi a União Européia. Mais de cem empresas chinesas enviaram representantes a Bruxelas e foram anunciados negócios de US$ 13 bilhões, envolvendo aviões, máquinas e vinho.
A expectativa do governo brasileiro é de que a vinda da missão empresarial chinesa a Brasília e a realização da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível contribuam para que sejam oficialmente anunciados novos e importantes investimentos chineses no Brasil, a exemplo do acordo firmado pela Petrobrás com a Sinopec.
