Café especial do Norte Pioneiro do Paraná será exportado via cooperativa

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Fonte: ANBA

São Paulo – A Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp) terá uma cooperativa para cuidar das vendas externas dos 100 produtores associados. De acordo com o presidente da Acenpp, Luiz Fernando de Andrade Leite, hoje as vendas externas para Europa e Estados Unidos são feitas por meio de tradings.

“Já conseguimos um barracão e o maquinário necessário, com a ajuda do Governo Federal. Nossa ideia é receber o café do associado, embalar com marca própria (Café Especial do Norte Pioneiro do Paraná) e negociar diretamente com compradores nacionais e internacionais”, afirma.

Os produtores associados da Acenpp, em sua maioria pequenos e médios cafeicultores, colhem cerca de 80 mil sacas ao ano. O café especial é reconhecido por meio de certificação que avalia atributos diversos como aroma, sabor e acidez.

“A associação orienta e prepara as propriedades para atender às normas que garantem a obtenção do selo UTZ Certified, um dos principais programas de certificação do café no mercado internacional”, explica. “Somente as certificações garantem que o café é produzido em conformidade com as exigências demandadas pelo mercado e pelos consumidores”, destaca.

De acordo com o presidente, os cafés com maior qualidade são muito valorizados no mercado. A diferença de preço entre um café comercial e um de qualidade superior pode chegar a 50%. Isso significa a adição de R$ 50,00 ou até R$ 150,00 por cada saca de café vendida. Esse acréscimo faz muita diferença e beneficia muito o pequeno produtor.

Segundo o presidente, a demanda por cafés diferenciados vem aumentando de forma considerável em países consumidores da bebida como, por exemplo, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Japão.

Em abril, a Acenpp participa de uma feira do setor em Houston, no Texas, e, no final de novembro, do Campeonato Mundial de Baristas, que vai ocorrer em Saragoça, na Espanha.

Apesar da associação ainda não ter feito nenhum contato com importadores árabes, Andrade Leite afirma que tem muito interesse em divulgar o produto na região. “Precisamos promover degustações em feiras para que os consumidores tenham a oportunidade de provar o café especial e sentir a enorme diferença em relação aos cafés comuns”, destaca.

Mais café com valor agregado

A região de abrangência da associação conta com 45 municípios e 7,2 mil cafeicultores que potencialmente podem tornar-se produtores de cafés especiais. De acordo com Andrade Leite, a Acenpp quer difundir os conhecimentos adquiridos pelos seus membros a todo esse universo, levando assim os benefícios do programa ao maior número possível de proprietários rurais.

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