Brasil quer ser ainda mais competitivo no mercado internacional do agronegócio, diz CNA

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BrasíliaO Brasil, embora seja altamente competitivo no mercado internacional de produtos agropecuários, “não vai dormir em berço esplêndido e pretende fortalecer a troca de informações entre as nações de forma a permitir ao produtor de nosso País o acesso cada vez maior a novas tecnologias a serem aplicadas no campo”, afirmou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, durante encontro com representantes do Grupo de Diplomatas da Agricultura no Brasil (DAB) que representa 41 países, além da União Europeia (UE).

A presidente do DAB, a diplomata chilena Maria José Campos Herrera, informou que o órgão foi criado recentemente, no início de 2015, mas já apresenta resultados concretos e tem agenda definida para os próximos anos. O objetivo, segundo ela, “é a cooperação mútua dos países com vocação testada na agropecuária com o Brasil, detectando oportunidades de negócios que sejam interessantes para ambos os lados”.

Troca de informações

No entender de João Martins é cristalino que o Brasil não cometerá o erro de ficar apenas comemorando os louros de ser um dos países mais competitivos no segmento internacional do agronegócio, “precisamos aumentar e dar solidez aos novos processos tecnológicos e à área de pesquisa em setores como grãos, carne e frutas”. Fortalecer os laços de cooperação com os demais parceiros, seja da América Latina, Europa ou Ásia, “está em nosso radar e o DAB será um fórum adequado para a troca de informações e novos acordos bilaterais na agropecuária”.

Também presente ao encontro, o Secretário-Executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, lembrou aos seis diplomatas da coordenação do DAB que, nos últimos três anos, houve uma mudança de estratégia no sentido de dar formação técnica aos jovens filhos de proprietários rurais de modo a incentivá-los a permanecerem no campo. Dentro desse raciocínio foi aberta outra janela, além da educação profissional, disse ele.

Uma das alternativas encontradas para atrair o jovem produtor foi “o intercâmbio com outros países, levando esses futuros empreendedores a adquirirem novos conhecimentos em suas áreas de atuação, em outros países”. Experiências nesse sentido, revelou Carrara, já ocorreram em países como Nova Zelândia, Austrália e China. João Martins reiterou que o “foco é um trabalho de cooperação mútua, lembrando a hipótese de se fazer parcerias com a França, por exemplo, na área da caprinocultura de leite, atividade importante para o produtor nordestino”.

Participantes

No próximo dia 10 de junho, será realizada uma reunião ampliada, na sede da CNA, com todos os 41 representantes do DAB, ocasião em que se espera o início de parcerias em segmentos específicos do agronegócio, de interesse mútuo do Brasil e das nações integrantes do grupo. Participaram da reunião, que foi coordenada pela Secretária de Relações Internacionais da CNA, Alinne Betania Oliveira, parte dos integrantes do DAB: Martin Nissen, da Alemanha, Conselheiro da Alimentação, Agricultura e Proteção do Consumidor; Paula Lucatelli, também da Alemanha, assessora para alimentação e agricultura; Javier Dufourquet, Argentina, Conselheiro Agrícola; Maria José Campos Herrera, Chile, conselheira e adida agrícola; Clay Hamilton, Estados Unidos, conselheiro agrícola; Mylène Testut-Neves, França, conselheira agrícola; Heloísa Honório, Países Baixos, assessoria do Departamento de Agropecuária.

Fonte: CNA

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