Maria José Sanchez, Diretora da Fruit Attraction //// Foto: Divulgação

Brasil participará como “País Importador de Destaque” da Fruit Attraction, em Madri

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Da Redação

Brasília – “O Brasil é um dos meus países favoritos na América Latina e já estive lá várias vezes. Amo as frutas brasileiras pela sua qualidade e diversidade”. A afirmação foi feita por María José Sánchez, diretora da Fruit Attraction, uma das principais feiras de frutas e legumes da Europa, a Fruit Attraction, a menos de três meses da realização da feira, programada para os dias 3, 4 e 5 de outubro, em Madri.

Em sua décima-quinta edição, a feira terá o Brasil, juntamente com os Estados Unidos e o Canadá como participantes especiais na condição de “País Importador de Destaque”.  Esse tratamento permitirá às empresas brasileiras não só ampliar as importações desses produtos de alguns dos maiores players mundiais do segmento, mas também aumentar as suas exportações para o exigente e sofisticado mercado europeu.

Segundo María José Sánchez, “a iniciativa País Importador de Destaque visa promover as relações de frutas e legumes entre os países da União Europeia e outros mercados extracomunitários. O que esse programa implica é no convite aos compradores desses três países para participarem da feira em Madri. Ou seja, alocamos um orçamento significativo para atrair os principais agentes desse mercado nos três países. São cerca de 200 operadores de marketing, gerentes de compras, operadoras, importadores e do varejo do Brasil, dos Estados Unidos e do Canadá”.

A esses operadores, a organização da feira espanhola vai proporcionar uma vasta programação, com uma série de mesas redondas, visitas guiadas, sessões B2B e outros eventos espalhados pelos oito pavilhões, naquela que deverá ser a maior edição da Fruit Attraction desde o seu início e que deverá atrair 1.800 empresas e mais de 90.000 profissionais de 135 países.

Mercado altamente competitivo

Este ano, a mostra contará com seis áreas de exposição. A de maior representatividade será mais uma vez a “Fresh Produce”, com uma grande variedade de produtos hortifrutícolas, à qual se somam a “Indústria Auxiliar”, que reúne toda a cadeia de valor do setor, e a “Fresh Food Logistics”, que abrigará as empresas representativas dos serviços de logística, transporte e gestão da cadeia de frio alimentar.

Além de explorar as condições que uma feira dessa magnitude oferece ao seleto membro do grupo “País Importador de Destaque”, os empresários da indústria hortifrutícola brasileira terão a oportunidade de expor seus produtos a uma vasta legião de compradores dos principais mercados de todo o mundo.

Segundo María José Sánchez, “as frutas e hortaliças brasileiras se destacam pela diversidade e pela qualidade.  Nos últimos anos, os produtores brasileiros têm intensificado a promoção internacional de suas frutas e legumes, o que se traduz numa presença crescente nos mercados externos”.

Questionada sobre as possibilidades oferecidas aos exportadores brasileiros com a participação em uma mostra da magnitude e relevância da Fruit Attraction, a diretora destacou que essas empresas terão que estar preparadas para enfrentar uma forte concorrência de competidores internacionais.

Na opinião da executiva, “o mercado comunitário é um mercado muito aberto, no qual a oferta é muito grande e a produção de todo o mundo se apresenta ali, o que faz do mercado europeu bastante competitivo”.

Acordo UE-Mercosul

A décima-quinta edição da Fruit Attraction acontece durante a presidência espanhola da União Europeia e será realizada num período em que o governo espanhol realiza todos os esforços visando a conclusão do Acordo UE-Mercosul, na expectativa de que o documento seja firmado, ao mais tardar, até o final deste ano.

Ao comentar o assunto, María José Sánchez afirmou que a assinatura do acordo figura entre as prioridades presidência espanhola iniciada no dia 1º de julho e que se estenderá até 31 de dezembro e sublinhou que “o objetivo dos acordos comerciais assinados pela Comissão Europeia com países terceiros, como o do Mercosul, é favorecer o comércio dos 27 Estados-Membros com países não pertencentes à UE e vice-versa. Portanto, os setores europeus terão que enxergar oportunidades nos países do Mercosul para apoiar esse acordo e os setores do Mercosul terão que fazer o mesmo. Vamos esperar para ver em que condições as negociações atualmente em curso serão concluídas”.

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