Da Redação (*)
Brasília – O Brasil quer aumentar o intercâmbio comercial com o Irã, aproveitando oportunidades de negócios surgidas após o fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) àquele país e os primeiros passos nessa direção vêm sendo dados pelo governo brasileiro e o próximo lance nessa reaproximação com Teerá será de uma missão comercial ao Irã que está sendo organizada pela Merator Business Intelligentsia, em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Irã.
Durante a visita, os empresários brasileiros participarão, entre os dias 30 de maio e 2 de junho, da 23ª Iran Food, uma das mais importantes feiras do Oriente Médio na área da alimentação.
De acordo com a Mercator Business Intelligentsia, cerca de 25 empresários deverão participar desta imersão comercial ao Irã. Empresas de médio e grande portes vão compor a primeira delegação brasileira a buscar a internacionalização de produtos e marcas em um mercado que abrange mais de 78 milhões de pessoas, com uma paridade de compra maior do que a média sul-americana. Trata-se do maior mercado do Golfo Pérsico.
Produtos do agronegócio como café, soja, milho, frutas, carnes (bovina, frango e aquicultura), bens industrializados (alimentos processados e tecnologias), franquias de alimentos prontos e centenas de outros produtos figuram entre os itens aos quais o Irã se apresenta como importante mercado para as exportações brasileiras.
Do outro lado, pistaches, tâmaras frescas, uvas secas, romã, sucose extratos de alcaçuz, açafrão (original) e mármore Travertino Persa são produtos potenciais à importação pelas empresas brasileiras, de acordo com consultores da Mercator Business Intelligentsia, de São Paulo.
“As nossas relações com o Irã sempre foram cordiais, frutíferas e datam de há quase um século. Na última década, o comércio é 90% superavitário para os empresários brasileiros. Nossa presença na nação persa é mais que bem-vinda, além da população ser muito simpática ao nosso povo”, comenta Jorge Mortean, especialista em negócios internacionais e nas relações Brasil-Irã.
Comércio bilateral
Nos últimos anos, o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Irã praticamente tem se restringido às exportações brasileiras para o país persa. Ano passado, as exportações brasileiras totalizaram US$ 1,666 bilhão, enquanto as vendas iranianas ao Brasil foram pouco superiores US$ 3 milhões. Nos dois primeiros meses de 2016, o Brasil exportou para o Irã mercadorias no total de US$ 237 milhões e importou produtos iranianos no valor de pouco mais de US$ 1 milhão.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos dois primeiros mês de 2016 já é possível observar um importante aumento das exportações brasileiras. Esse aumento atingiu o percentual de 121,01% no mês de fevereiro, comparativamente com igual período do ano passado. Segundo técnicos do MDIC, o dado indica que com o fim do embargo as exportações brasileiras para o Irã podem estar iniciando um vigoroso ritmo de crescimento.
Mas a pauta exportadora para o Irã ainda é marcada por uma forte concentração nos produtos primários e apenas três itens –milho em grãos, carnes bovinas e bagaços e outros resíduos de soja- responderam, no primeiro bimestre deste ano, por 96,39% de todo o volume exportado para aquele país.
Com a participação na Iran Food e com o envio de outras missões empresariais e governamentais àquele país, os técnicos do MDIC acreditam que a partir deste ano deverá aumentar a participação de mais produtos industrializados na pauta exportadora para o Irã.
Para informações sobre pacotes para Visitantes e Expositores:
Feira Iran Food: Missão Empresarial Brasil-Irã
Quando: De 30 de maio a 2 de junho de 2016
Promoção: Câmara de Comércio Brasil-Irã
Delegação: Mercator Business Intelligentsia
Reservas: (11) 9 8539 3321 / (11) 9 7042 7442
E-mail:info@mercatorbusiness.com
(*) Com informações do Mercator Business Intelligents