Brasília – Empresários brasileiros e egípcios do setor agropecuário debaterão possibilidades de negócios entre os dois países. Missão do país árabe deverá vir ao Brasil ainda este semestre. O convite foi feito pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao ministro da Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid, em reunião nesta quinta-feira (5), em Brasília.
Os ministros analisaram novas perspectivas de cooperação bilateral e trocas comerciais a partir do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Egito, assinado na última segunda-feira (2). O convênio cria novas oportunidades para exportações de produtos brasileiros como carne de frango, café solúvel, papel e automóveis.
De acordo com Rachid, o Egito tem interesse em áreas como irrigação, sementes, máquinas agrícolas e etanol. Rossi mencionou a necessidade crescente de compra de fertilizantes, especialmente diante da safra recorde de grãos, de 147 milhões de toneladas, e da colheita recorde de cana-de-açúcar de 660 milhões de toneladas.
“Isso indica maior demanda por fertilizantes. Embora haja um esforço para aumentar a produção brasileira, nos próximos anos ainda seremos, seguramente, um grande importador de fertilizantes”, afirmou.
O ministro Wagner Rossi lembrou, ainda, que nos últimos 20 anos a produção agrícola do País cresceu 150%, com a ampliação de apenas 25% da área cultivada. Hoje, toda a produção agrícola e pecuária ocupa apenas 27% do território nacional.
“Os ganhos foram em produtividade e ainda temos espaço para incorporar tecnologias de ponta e aumentar a produção”, destacou. Ele ressalta que há mais de 100 milhões de hectares de terras consideradas degradadas no País que podem ser recuperadas, com possibilidade de dobrar a produção sem derrubar nenhuma árvore.
Dados do governo federal apontam que o Brasil tem superávit no comércio agrícola com o Egito. As vendas de produtos agropecuários para aquele país somaram, no primeiro semestre deste ano, US$ 483,1 milhões, enquanto as importações alcançaram apenas US$ 9,5 milhões no mesmo período.
As exportações de carne bovina in natura lideram a pauta de embarques brasileiros, com US$ 162 milhões. As vendas de açúcar bruto chegam a US$ 160,8 milhões e de fumo manufaturado, US$ 45,3 milhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa