Brasília – O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, recebeu em audiência nesta quinta-feira (1) a vice-ministra, subsecretária de Estado para Comércio Internacional, do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia, Nina Vaskunlahti, e delegação empresarial, para além de estreitar as relações bilaterais tratar de temas sobre Sustentabilidade e Digitalização como facilitadores do desenvolvimento econômico, e roteiros da indústria para computação quântica, mineração 4.0 e fabricação digital.
Durante a visita, a Embaixadora da Finlândia afirmou o desejo de aumentar a cooperação entre os países em temas como defesa, espaço, vigilância marítima e segurança cibernética, bem como de aproximar as bases industriais de defesa, que têm capacidades complementares.
Já o secretário-executivo reforçou que o governo está focado em fortalecer a previsibilidade e a transparência, reduzir barreiras, simplificar procedimentos e atrair novos investimentos.
Cooperação bilateral
Brasil e Finlândia estabeleceram relações diplomáticas em 1929. O relacionamento é amistoso e as posições de ambos os países convergem em muitos temas da agenda internacional. A Finlândia apoia a pretensão brasileira a um assento permanente em um Conselho de Segurança das Nações Unidas reformado e os dois países coincidem na necessidade de promover a atualização das instâncias de governança global.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Finlândia na América Latina. A corrente de comércio entre os dois países foi de € 1,59 bilhão/US$ 1,77 bilhão em 2022, aumento de 72,6% em relação ao ano anterior, no qual a corrente de comércio somou € 927 milhões / US$ 1,03 bilhão.
As exportações brasileiras para Finlândia cresceram 204,31% em 2022 em relação a 2019, passando de € 190,19 milhões para € 578,76 milhões. Já as importações da Finlândia para o Brasil cresceram 139,92% em 2022 em relação a 2019, passando de € 433,16 milhões para € 1.03 bilhão.
Estão instaladas no Brasil cerca de 50 empresas finlandesas, que geram 10 mil empregos diretos, com atuação principalmente nos setores de telecomunicações, florestal, mineração, energia e produtos químicos.
Estão presente no país empresas como Konecranes (máquinas e equipamentos industriais) em Cotia/SP, Kemira (indústria química) em Ortigueira/PR e Stora Enso -Veracel Mill (celulose) instalada em Eunápolis, no sul da Bahia.
A bioeconomia tem papel significativo na economia finlandesa: em 2021, a produção anual foi de quase 79 bilhões de euros. Cerca de 300.000 pessoas na Finlândia são empregadas diretamente pela bioeconomia.
A cooperação em ciência, tecnologia e inovação é um dos principais eixos das relações bilaterais. Com economia voltada para a geração de conhecimento e inovação, a Finlândia contribui para o esforço brasileiro de promoção de pesquisa, em coordenação com os setores produtivos, com vistas a alcançar um novo patamar de competitividade.
A Finlândia é o 30º investidor direto no Brasil (no conceito de controlador final), com US$1,32 bilhão.
(*) Com informações do MDIC
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