Brasil e Chile buscam reforçar o intercâmbio comercial e estimular investimentos bilaterais

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Brasília – Uma série de temas destinados a estimular o comércio bilateral e os investimentos foram analisados por ocasião da X Reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio entre o Chile e o Brasil, realizada no último dia 14, em Brasília. A delegação brasileira foi chefiada pelo Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Furlan, e a representação chilena  teve o comando do Diretor-Geral de Relações Econômicas Internacionais (Direcon), Andrés Rebolledo.

Andrés Rebolledo
Andrés Rebolledo

Após participar do evento em Brasília, Andrés Rebolledo afirmou que “nos interessa reforçar nosso intercâmbio bilateral e os investimentos e nesse sentido fizemos uma avaliação detalhada de nosso intercâmbio comercial, avançando de uma forma particularmente muito positiva nos temas de acesso a mercado, questões regulatórias, investimentos e também no que diz respeito aos temas de comércio de serviços e infraestrutura logística. Além disso, desejamos destacar a excelente disposição e o diálogo aberto manifestados pela delegação do Brasil nas matérias apresentadas pelo Chile à Comissão. Cabe especialmente mencionar o que foi tratado com respeito à criação de um Comitê de Temas Regulatórios e os avanços nas negociações sobre serviços financeiros e compras públicas”.

Além disso, o diretor da Direcon acrescentou que“apesar da redução de 18% no fluxo de comércio bilateral registrada no ano passado, o Brasil continua sendo o principal parceiro comercial do Chile na América Latina e o primeiro destino dos investimentos das empresas chilenas no exterior, ressaltando ainda que no período 1990-2015 os investimentos chilenos no Brasil totalizaram mais de US$ 27 bilhões.

“Adicionalmente, nos parece que instâncias como esta Comissão são uma oportunidade par avançar não apenas na relação bilateral, mas também para coordenar ações comuns no marco da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) e para uma maior aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, considerando que a partir do próximo mês de julho o Chile assumirá a presidência pro-tempore dessa iniciativa que é integrada, além do Chile, pela Colômbia, México e Peru”, afirmou Rebolledo.

As relações comerciais entre o Brasil e o Chile são regidas pelo Acordo de Complementação Econômica No. 35 (Mercosul), vigente desde 1996. Atualmente, a totalidade dos produtos negociados entre os dois países se beneficia de uma tarifa próxima de 0%, ou seja, beneficia-se de uma preferência de 100%, assim como sucede entre o Chile e os demais países-membros do Mercosul.

Intercâmbio comercial e investimentos

Brasil_chile

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o intercâmbio de bens entre o Chile e o Brasil totalizou US$ 7,967 bilhões em 2015, com uma queda de 18%, comparativamente com 2014. No ano passado, as exportações chilenas totalizaram US$ 3,411 bilhões (retração de -15,01%), enquanto as vendas brasileiras ao Chile tiveram uma queda de 0,18% e totalizaram US$ 3,978 bilhões, afetadas pela redução nas vendas brasileiras de bens intermediários, que tiveram uma baixa anual de 19%.

Em relação aos investimentos, o setor de serviços ocupa o primeiro lugar, com uma clara tendência de seguir crescendo. Nesse segmento, incidem fortemente os serviços de Transportes, Comércio e Atividades Imobiliárias, seguidos pelos setores Industrial e de Energia.

Fonte: Escritório Comercial do Chile em São Paulo

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