Brasília – A qualidade dos produtos, o trabalho de promoção realizado no exterior, e o fato de o Brasil estar em evidência devido aos grandes eventos esportivos que sediará terão atraído ao país, até o final de maio, 28 visitantes considerados estratégicos para a comercialização e formação de imagem do vinho brasileiro nos cenário internacional.
Críticos e jornalistas especializados em vinhos, sommeliers de restaurante renomados assim como compradores de redes varejistas visitaram diferentes regiões vitivinícolas a fim de conhecer e conferir informações sobre a produção brasileira. Em média, nos cinco primeiros meses do ano, terão sido recebidos 1,5 visitante por semana, ou quase seis por mês.
A visita do renomado jornalista e crítico de vinhos britânico Steven Spurier, entre os dias 3 e 5 de janeiro, abriu a temporada de visitantes internacionais em 2013. Desde então foram recebidos compradores das redes britânicas Waitrose, Cambridge Merchants e Majestic, da rede americana Central Market, e de uma rede varejista da República Tcheca. Também foram recebidos sommeliers de restaurantes na Inglaterra e República Tcheca, um licenciador de produtos dos Estados Unidos, além de jornalistas do Reino Unido, Alemanha, França e Canadá.
Os últimos visitantes foram a canadense Margaret Swaine, colunista e redatora em jornais e sites e cinco publicações especializadas no país, como a revista Chartelaine, e o editor britânico Christian Richard Albert Davis, da revista e site Drinks International, que já atuou em outras publicações de peso no país, como a Harpers e a The Wine & Spirit Weekly.
A propósito, o interesse do mercado do Reino Unido ? terceiro maior importador do vinho fino brasileiro, com US$ 400 mil negociados em 2012 ? faz com que o país seja a origem da maioria dos visitantes. No início do mês, foi a vez da rede de luxo Marks & Spencer enviar representantes para prospecção comercial no segmento de vinhos ao Brasil.
A enóloga Jeneve Williams e a compradora de vinhos Emma Dawson, visitaram vinícolas do Nordeste Brasileiro e das regiões da Campanha e Serra gaúcha para coletar informações sobre os diferentes terroirs do Brasil.
“Foi fascinante conhecer o Vale do São Francisco. Nunca tinha estado em um vinhedos onde pudesse ver os diferentes estágios de produção da uva ao mesmo tempo. Já a Campanha e a Serra (gaúcha) apresentam um clima mais europeu que se verifica nos vinhos, mais até do que nos vinhos do Chile e da Argentina”, avaliou Jeneve.
“Temos uma perspectiva global de atuação e os vinhos brasileiros apresentam um bom padrão de qualidade e são uma novidade no mercado. Nos interessamos em vir ao Brasil por que a gastronomia sul-americana está em evidência, por causa dos eventos esportivos e pelo fato de o Brasil ser um destino turístico muito procurado na Inglaterra”, complementou Emma.
Para Andreia Gentilini Milan, diretora de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Brasil já não é mais visto como curiosidade e, potencializado pela perspectiva de Copa e Olimpíadas, as redes internacionais colocaram o país na lista de prioridades. Este é um ano que está se mostrando muito importante para posicionamento do vinho brasileiro no Exterior. Fomos colocados no mapa dos produtores mundiais de qualidade e os compradores que vêm para cá, trazem projetos para implementação em curto prazo e de longa duração”, avalia a executiva.
Na próxima semana, entre os dias 15 e 18, está prevista a visita dos jornalistas alemães Fabian e Cornelius Lange, que atuam de forma independente no setor de vinhos e gastronomia. Os dois também colaboram com veículos como o Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, o Stern e o Die Zeit.
No Brasil, o suporte para o a acompanhamento dos visitantes internacionais e o acompanhamento das negociações junto ao setor produtivo são feitos pela equipe do Wines of Brasil, projeto de promoção dos vinhos finos brasileiros no Exterior, realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Fonte: Assessoria de Imprensa da Apex-Brasil