BC mantém expectativa de saldo comercial em 2016 e volta a reduzir projeção para 2017

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Da Redação (*)

Brasília – Pela sexta semana consecutiva, analistas das principais instituições financeiras do país consultadas pelo Banco Central (BC)  mantiveram estabilizadas em US$ 50 bilhões as previsões para o saldo da balança comercial brasileira (exportações-importações) para 2016. As estimativas divulgadas pelo BC através do Boletim Focus coincidem com as projeções realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e por instituições como a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

E enquanto mantêm pela sexta semana consecutiva a previsão de um superávit de US$ 50 bilhões para a balança comercial deste ano,  os analistas voltaram a reduzir, pela quarta semana seguida, a expectativa de saldo para o ano de 2017 Há quatro semanas a projeção era de um saldo da ordem de US$ 49,81 bilhões na semana passada projetaram nova baixa para o superávit da balança comercial, agora estimado em US$ 46,83 bilhões.

Por outro lado, as instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, de 7,34% para 7,25%. Essa foi a segunda redução seguida, na pesquisa feita pelo BC junto ao mercado financeiro todas as semanas. Para 2017, a projeção também caiu: de 5,12% para 5%. Os números saem no Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras.

As estimativas estão acima da meta de inflação de 4,5% neste ano e em 2017. O cálculo para este ano ultrapassa também o teto da meta que tem que ser perseguida pelo BC que é 6,5%. Para o próximo ano, o teto da meta é 6%.

Controle inflacionário

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.

A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,15% para 3,14%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento foi ajustada de 1,36% para 1,30%.

(*)  Com informações da Agência Brasil

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