Brasília – A balança comercial brasileira voltou a registrar déficit na segunda semana de julho, período em que as importações superaram as exportações em US$ 619 milhões. No ano, o saldo está negativo em US$ 3,513 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na segunda semana de julho, as exportações totalizaram US$ 4,240 bilhões enquanto as importações somaram US$ 4,859 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 9,034 bilhões, as importações, US$ 9,455 bilhões, com saldo negativo de US$ 421 milhões. No ano, as exportações somam US$ 123,457 bilhões, as importações, US$ 126,970 bilhões, com saldo negativo de US$ 3,513 bilhões.
O menor movimento de exportação verificado na 2ª semana de julho foi influenciado pelo feriado de 9 de julho no estado de São Paulo e também por manifestações que dificultaram o acesso a portos de embarque no país durante a semana. Como exemplo desta realidade, a média diária de exportação do porto de Santos-SP registrou redução de 29,5% entre a primeira e a segunda semana do mês.
Análise da semana
A média das exportações da 2ª semana chegou a US$ 848,0 milhões, 11,6% abaixo da média de US$ 958,8 milhões da 1ª semana, em razão de quedas nas exportações das três categorias de produtos: semimanufaturados (-20,3%, de US$ 94,8 milhões para US$ 75,6 milhões, motivado pela retração nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro/aço, ligas de alumínio, açúcar em bruto e borracha sintética e artificial), básicos (-17,5%, de US$ 467,7 milhões para US$ 386,0 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, farelo de soja, trigo em grãos e café em grãos), e manufaturados (-1,9%, de US$ 373,5 milhões para US$ 366,4 milhões, em razão de aviões, etanol, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos e máquinas para terraplanagem). Do lado das importações, apontou-se crescimento de 5,7% sobre igual período comparativo (média da 2ª semana, de US$ 971,8 milhões/média da 1ª semana, de US$ 919,2 milhões), explicada, principalmente, pelo crescimento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, veículos automóveis e partes, adubos e fertilizantes plásticos e cereais e produtos de moagem.
Análise do mês
Nas exportações, comparada a média até a segunda semana de julho/2013 (US$ 903,4 milhões) com a de julho/2012 (US$ 954,7 milhões), houve queda de 5,4%, em razão da redução das exportações de semimanufaturados (-38,5%, de US$ 138,4 milhões para US$ 85,2 milhões, por conta, principalmente de semimanufaturados de ferro/aço, óleo de soja em bruto, ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto) e produtos básicos (-6,0%, de US$ 454,2 milhões para US$ 426,8 milhões, por conta de milho em grão, petróleo em bruto, algodão em bruto, café em grão, mármores e granitos e farelo de soja), enquanto os produtos manufaturados apresentaram crescimento (+7,9%, de US$ 342,8 milhões para US$ 370,0 milhões, por conta de plataforma de perfuração, automóveis, aviões, medicamentos, óleos combustíveis e suco de laranja não-congelado). Relativamente a junho/2013, a média diária das exportações retrocedeu 14,5% (de US$ 1,057 bilhão para US$ 903,4 milhões), devido à queda de produtos semimanufaturados (-28,5%, de US$ 119,2 milhões para US$ 85,2 milhões), básicos (-14,0%, de US$ 496,0 milhões para US$ 426,8 milhões) e manufaturados (-11,5%, de US$ 417,9 milhões para US$ 370,0 milhões).
Nas importações, a média diária até a segunda semana de julho/2013, de US$ 945,5 milhões, ficou 14,7% acima da média de julho/2012 (US$ 824,4 milhões) e 0,4% superior a junho/2013 (US$ 941,7 milhões). No comparativo com julho/2012, cresceram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (+54,5%), farmacêuticos (+28,1%), instrumentos de ótica e precisão (+27,0%), siderúrgicos (+8,7%) e aparelhos elétricos e eletrônicos (+8,2%). Em relação a junho/2013, houve crescimento principalmente por conta de combustíveis e lubrificantes (+61,9%).
Fonte: Assessoria de Imprensa do MDIC