Balança tem deficit de US$ 1,152 bilhão na 1ª. semana de fevereiro com alta de 30,9% nas importações

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Brasília – A balança comercial brasileira registrou aumento de 5,9% na corrente de comércio, que chegou a US$ 8,487 bilhões na primeira semana de fevereiro, com cinco dias úteis. O resultado parcial do mês foi divulgado nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME).

As exportações no período alcançaram US$ 3,667 bilhões e as importações, US$ 4,82 bilhões, o que resultou em um déficit de US$ 1,152 bilhão, influenciado principalmente pela entrada de plataformas de petróleo no valor total de US$ 1,429 bilhão.

No acumulado de 2021, a corrente de comércio é de US$ 39,228 bilhões – uma alta de 5,5% pela média diária –, com as exportações somando US$ 18,475 bilhões e as importações, US$ 20,753 bilhões. O saldo está negativo em US$ 2,278 bilhões.

Veja os principais resultados da balança comercial

Nas exportações, comparada a média diária até a primeira semana de fevereiro de 2021 (US$ 733,47 milhões) com a de fevereiro de 2020 (US$ 865,69 milhões), houve queda de 15,3%, em razão da diminuição nas vendas em Agropecuária (-59,7%) e em produtos da Indústria de Transformação (-11,9%). Por outro lado, subiram as vendas na Indústria Extrativista (5,2%).

A diminuição das exportações na Agropecuária foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas de soja (-100%); café não torrado (-39,5%); frutas e nozes não-oleaginosas, frescas ou secas (-13,4%); animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos (-75,8%) e especiarias (-12,2%). Ainda assim, aumentaram as vendas de trigo e centeio, não moídos (+338,3%), milho não moído, exceto milho doce (+217%) e algodão em bruto (+25,2%).

Já na Indústria de Transformação, as principais reduções ocorreram nas vendas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-54,2%); celulose (-34,3%); ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (-35,7%); carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-21,7%) e torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (-60,1%).

O setor teve crescimento de vendas, no entanto, em farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+83,6%), aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (+125,9%) e ouro não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+75,5%).

Já o crescimento das exportações da Indústria Extrativa foi impulsionado pelas vendas de outros minerais em bruto (+6,4%), minério de ferro e seus concentrados (+49,6%) e minérios de cobre e seus concentrados (+141,5%). Houve reduções em pedra, areia e cascalho (-83,6%), outros minérios e concentrados dos metais de base (-77,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-33,5%).

Importações

Nas importações, a média diária até a primeira semana de fevereiro de 2021 (US$ 963,93 milhões) ficou 30,9% acima da média de fevereiro do ano passado (US$ 736,52 milhões). Nesse comparativo, aumentaram as compras, principalmente, de produtos da Indústria de Transformação (+34,9%), enquanto houve redução na Agropecuária (-1,9%) e na Indústria Extrativista (-17,6%).

O aumento das importações da Indústria de Transformação foi impulsionado pela entrada de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+79.847,7%); adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+92,2%); alumínio (+175,8%); válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+24,0%) e produtos residuais de petróleo e materiais relacionados (+495,6%).

Na Agropecuária, os maiores aumentos de compras do exterior foram de milho não moído, exceto milho doce (+154,9%), cacau em bruto ou torrado (+183,7%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+9,5%). Já na Indústria Extrativa, os destaques foram os crescimentos de importações de pedra, areia e cascalho (+34,3%), outros minerais em bruto (+7,4%) e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+18,9%).

(*) Com informações da Secex/Ministério da Economia

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