Da Redação
Brasília – A balança comercial brasileira registrou em janeiro um deficit de US$ 4,057 bilhões, o pior resultado em um mês, segundo a série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que começou a ser divulgada em 1994. O saldo negativo é resultado de exportações de US$ 16,027 bilhões e importações de US$ 20,084 bilhões, segundo dados divulgados hoje (3) pelo MDIC.
O deficit expressivo deveu-se a uma queda de 2,6% nas vendas de manufaturados e de 5,8% nas exportações de produtos semimanufaturados, que não foram compensadas pela elevação de 5,3% nas vendas de produtos básicos. E nem mesmo as altas expressivas nas exportações de petróleo (134% em comparação com janeiro de 2013), farelo de soja (49%) e bovinos vivos (36%) foram suficientes para evitar o resultado negativo da balança.
Na outra ponta do comércio, as importações em janeiro tiveram uma ligeira elevação de 0,4% comparativamente com idêntico período do ano passado. Cresceram as importações de bens de consumo (8,8%), bens de capital (7,1%) e matérias-primas e bens intermediários (3,2%). Foram registradas quedas expressivas nas importações de combustíveis e lubrificantes, da ordem de 19,1%.
Entre os dados divulgados pelo MDIC, chama a atenção o fato de que o Brasil conseguiu aumentar de forma acentuada as exportações para dois de seus principais parceiros comerciais, China e Estados Unidos. As vendas para os chineses cresceram 27,7% (em janeiro, quando comparadas com o mesmo mês de 2013), enquanto as exportações para o mercado americano tiveram uma alta de 11,4%.
E se as vendas para os mercados chinês e americano aumentaram, as exportações para a União Europeia, o Mercosul e África despencaram. Para os países-membros da União Europeia as vendas caíram 5%, decresceram 6,2% para os países do Mercosul (14% para o principal parceiro comercial do Brasil no bloco, a Argentina) e 18,3% para a África.