Balança comercial tem redução de 25,99% no deficit com os Estados Unidos de janeiro a maio

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Da Redação

Brasília –  Aumentos expressivos nas exportações de bens manufaturados como aviões/outros veículos aéreos, partes de turborreatores ou turbo propulsores e também de produtos primários como a soja foram decisivos para um redução de 25,99% no deficit do Brasil no comércio bilateral com os Estados Unidos no período janeiro-maio, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Nos cinco primeiros meses do ano, a balança comercial continua amplamente favorável aos americanos, que acumulam um superávit de US$ 4,113 bilhões, mais de um quarto inferior ao saldo registrado em igual período de 2013, quando somou US$ 5,557 bilhões.

Este ano, as exportações brasileiras para o mercado americano totalizaram US$ 10,468 bilhões (US$ 9,289 bilhões no período janeiro-maio de 2013). Por outro lado, as vendas americanas para o Brasil atingiram o montante de US$ 14,580 bilhões (US$ 14,846 bilhões no ano passado), segundo informa o MDIC.

A avaliação de técnicos do Ministério é de que em 2014 a balança comercial com os Estados Unidos certamente seguirá deficitária para o Brasil mas a tendência é de que o saldo americano seja bem inferior à cifra recorde de US$ 11,349 bilhões registrada em 2013.

Para a manutenção dessa tendência de redução do saldo negativo é fundamental que o Brasil continue aumentando as exportações de bens industrializados para o mercado americano, como vem acontecendo nos cinco primeiros meses do ano, além de ampliar também as vendas de commodities, como petróleo e soja.

De janeiro a maio, as expotações de petróleo para os Estados Unidos tiveram uma alta de 11,59% e geraram receita no valor de US$ 1,321 bilhão (US$ 1,184 bilhão em igual período do ano passado). Muito mais impressionantes foram os aumentos nos embarques aviões, que passaram de US$ 150 milhões no período janeiro/maio de 2013 para US$ 571 milhões em igual período deste ano, de partes de turborreatores ou de turbopropulsores, que deram um salto de 1.421,40% para US$ 459 milhões (US$ 30 milhões de janeiro a maio do ano passado) e da soja, que cresceram 1.704,80%, gerando uma receita de US$ 252 milhões (contra apenas US$ 14 milhões faturados nos cinco primeiros meses de 2013).

Na outra ponta do comércio bilateral, as exportações totais dos Estados Unidos para o Brasil apresentaram uma ligeira queda, apesar de determinados produtos terem suas vendas ao mercado brasileiro ampliadas significativamente. Foi o caso, entre outros itens, do trigo, com um aumento de 305,85% no período, passando de US$ 74 milhões em 2013 para mais de US$ 300 milhões em 2014. Também cresceram as exportações de propanos liquefeitos (US$ 580 milhões no período janeiro-maio de 2014 contra US$ 286 milhões em 2013), álcool etílico (aumento de 507,12% para Us$ 222 milhões, ante US$ 24 milhões vendidos ao Brasil no ano passado) e nafta para petroquímica (US$ 256 milhões este ano contra pouco mais de US$ 129 milhões nos cinco primeiros meses do ano passado, um aumento de 98,02%).

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