Balança comercial acumula deficit de US$ 6,183 bilhão, o maior desde início da série histórica

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Da Redação

Brasília  – A balança comercial brasileira registrou no mês de fevereiro o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1994. No mês passado, a balança apresentou um deficit de US$ 2,125 bilhão, bastante superior ao saldo negativo de US$ 1,3 bilhão registrado em fevereiro de 2013. Somado ao deficit recorde de janeiro, da ordem de US$ 4,058 bilhões, a balança já acumula um saldo negativo de expressivos US$ 6,183 bilhão, o maior já registrado em todos os tempos para um bimestre. Esse saldo é resultado de exportações de US$ 31,960 bilhões e importações no total de US$ 38,143 bilhões.

Em fevereiro, as exportações somaram US$ 15,934 bilhões, valor 2,5% acima de fevereiro do ano passado. As importações alcançaram US$ 18,059 bilhões, recorde para meses de fevereiro e valor 7,3% maior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

Um dos destaques na balança comercial brasileira em fevereiro foi a queda de 20,5% nas exportações para os países da União Europeia,  em comparação às do mesmo período em 2013. Quedas igualmente expressivas foram registradas nas vendas externas para a África, 18,2%; Oriente Médio, 13,1%; e Mercosul, 11,1%, na mesma comparação. No caso do bloco sul-americano, as vendas para a Argentina sofreram um decréscimo de 18,7%, principalmente em siderúrgicos, calçados, automóveis, minérios de ferro e óleos combustíveis.

Na outra ponta, foi registrado crescimento dos embarques para a Europa Oriental (10%); Ásia (3,2%), com um aumento de 21,5% para a China; e Estados Unidos, 3%.

Em relação às importações, houve queda de 25,4% dos gastos provenientes do Mercosul, com uma taxa de redução ainda maior no caso da Argentina, de 31,1%, com destaque para gás, trigo em grão, naftas, arroz, malte autopeças, automóveis e veículos de carga. As compras da

Europa Oriental caíram 16,9%; e da União Europeia, 9,4%.

Em contrapartida, houve alta das aquisições de produtos do Oriente Médio (34,4%), da África

(23,9%), dos EUA (2,9%) e da Ásia (0,4%). As importações oriundas especificamente da China diminuíram 6,4%.

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