Aumento nas exportações para os EUA faz o contraponto na queda das vendas para a China

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Brasília – O aumento expressivo de 11,01% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2012 comparativamente a 2011 contribuiu para amenizarf o efeito provocado na balança comercial do País pelas quedas registradas nas vendas para outros importantes parceiros comerciais do Brasil, como a China (queda de 6,97% no ano passado) e Argentina (retração de 20,7%).

Enquanto as exportações brasileiras para a China totalizaram US$ 41,227 bilhões em 2012, contra vendas no total de US$ 44,314 bilhões computadas no ano anterior, as exportações para o mercado americano totalizaram US$ 26,700 bilhões, com um aumento de 11,01% sobre o ano de 2011. Ano passado, os Estados Unidos exportaram para o Brasil mercadorias no montante de US$ 32,357 bilhões, com uma queda de 4,75 sobre os US$ 33,969 bilhões vendidos ao mercado brasileiro em 2011.

Em 2012, o mercado americano foi o destino final de 11,01% de todas as mercadorias exportadas pelo Brasil. Nesse mesmo ano, os Estados Unidos forneceram 14,50% dos produtos importados pelas empresas brasileiras.

Segundo maior parceiro comercial do Brasil – posto que foi ocupado pelos americanos até o ano passado, quando foram superados pela China -, os Estados Unidos continuam sendo um parceiro vital não apenas para o comércio exterior brasileiro como para  o crescimento da economia do País.

Na opinião de Tatiana Prazeres (Secretária de Comércio Exterior do MDIC), o cenário para o comércio exterior brasileiro em 2013 será impactado por três fatores: 1) ameaças ou incertezas oriundas dos Estados Unidos devido à aplicação de medidas de austeridade fiscal, que poderão se refletir negativamente no processo de reação mais intensa da atividade econômica americana; 2) do desempenho negativo ou baixo das economias da Zona do Euro; e 3) das incertezas quanto à retomada das compras argentinas.

Tatiana Prazeres destaca que em 2012 “o intercâmbio com os Estados Unidos apresentou um crescimento quantitativo relevante mas houve também um expressivo aumento no aspecto da qualidade dos bens exportados. Registrou-se uma importante redução na venda de produtos primários e o aumento dos produtos industrializados”

A expectativa no governo brasileiro é de que o acordo alcançado pelo presidente Barack Obama com o Congresso americano e que afastou do horizonte as ameaças do chamado “abismo fiscal” devem permitir que a economia dos Estados Unidos cresça mesmo que a um ritmo discreto e isso certamente permitirá a manutenção e até mesmo um crescimento ainda que moderado no intercâmbio comercial com o Brasil

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