São Paulo – Arábia Saudita e Japão foram os únicos países que aumentaram suas importações carne de frango do Brasil em março, na comparação com o mesmo período de 2012. De acordo com o balanço do mês e do primeiro trimestre divulgado pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), as exportações de frango em março somaram 319,7 mil toneladas, 12,1% a menos do que as 363 mil toneladas de março de 2012. Já a receita obtida no período foi de US$ 709 milhões, 0,4% menos do que os US$ 712 milhões de março de2012.
De acordo com a Ubabef, em março a Arábia Saudita importou 63.570 toneladas de frango, 20% a mais do que as 52.866 toneladas importadas em março de 2012. As importações sauditas já haviam crescido 58% em fevereiro e 12% em janeiro deste ano, em relação a fevereiro e janeiro de 2012. O desempenho não se refletiu nos outros mercados.
O presidente da Ubabef, Francisco Turra, afirmou, em nota divulgada pela instituição, que o volume exportado em março do ano passado foi atípico para o mês. Ele disse também que neste ano o setor tem trabalhado com estoques reduzidos e custos elevados. Mesmo com este cenário, declarou Turra, o setor obteve quase a mesma receita de março de 2012.
Já no acumulado do ano, o volume exportado somou 901,2 mil toneladas, ou 7,5% a menos do que entre janeiro e março de 2012. A receita chegou a US$ 1,93 bilhão, 9,2% a mais do que a obtida no primeiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, as exportações para a Arábia Saudita somam 174.847 toneladas, 28% a mais do que as 136.355 toneladas exportadas entre janeiro e março de 2012.
Entre os países que passaram a importar menos frango em março estão Venezuela, China e África do Sul. As vendas para a Venezuela estão menores por causa da instabilidade política. As vendas para a África do Sul caíram porque os sul-africanos acusaram o Brasil de praticar dumping (quando se exporta um produto por um preço abaixo do praticado no país de origem) e aplicou sobretaxas a partir de fevereiro de 2012. Embora o país tenha desistido de sobretaxar o frango brasileiro em dezembro do ano passado, os embarques não retomaram os níveis que eram registrados antes do impasse.
As exportações para a China caíram devido a problemas “documentais”, de acordo com a nota da Ubabef. As vendas para a União Europeia também caíram, mas, neste caso, por causa do regime de cotas do bloco.
Fonte: ANBA