Aprosoja prevê frete 30% mais baixo com terminal no MA

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A construção do terminal de grãos no porto de Itaqui, em São Luís (MA), pode reduzir em 30% os custos de frete para o exportador de soja do Mato Grosso. O cálculo é do presidente da associação dos produtores mato-grossenses (Aprosoja), Glauber Silveira, que participou hoje de audiência pública sobre o projeto.

Segundo Silveira, o produtor mato-grossense gasta hoje aproximadamente R$ 12 por saca para escoar sua produção, o que corresponde a aproximadamente 40% do valor da sua produção. “Acreditamos que seja possível reduzir esse porcentual para aproximadamente 30% com o terminal em Itaqui, o que hoje representaria para o Mato Grosso uma economia de até US$ 1 bilhão”, afirma o produtor.

Informações da Agência Estaqdo indicam que o Projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) prevê investimentos de até R$ 800 milhões na construção de quatro armazéns, novos terminais rodoviários e ferroviários de descarga e uma correia transportadora com capacidade para 4 mil toneladas por hora até 2013. Do total, cerca de R$ 300 milhões serão empenhados pelo Governo Federal com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O restante virá da iniciativa privada.

A previsão é que o porto de Itaqui, que hoje movimenta aproximadamente 2 milhões de toneladas de grãos ao ano, tenha sua capacidade aumentada para aproximadamente 15 milhões nos próximos anos. “Mas para isso”, pondera Glauber, “o governo vai ter de investir na melhoria das estradas e ferrovias que levam até o porto”. Neste caso, o Mato Grosso poderia escoar até metade de sua safra por essa nova saída, prevê o produtor.

O presidente da Aprosoja afirma que apenas 15% das exportações brasileiras de soja são escoadas pelos portos do Norte e Nordeste, que encurtam o tempo de navegação até os países consumidores em até quatro dias. “Com os investimentos previstos no Projeto Tegram e em modais de transportes, que aumentarão o fluxo para os portos do Norte, esse porcentual subirá para até 25% nos próximos 10 a 15 anos”, prevê.

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