Apex e associações projetam aumentar exportações em 2016 e meta é chegar a US$ 800 milhões

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São Paulo – A nova etapa de seis projetos de promoção de produtos brasileiros no exterior deverá ampliar as vendas destes itens em quase 20% até o final do próximo ano. Acordo assinado entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e seis entidades setoriais prevê investimentos de quase R$ 31 milhões e exportações de até US$ 800 milhões em 2016. Em 2014, as exportações destes projetos somaram US$ 640 milhões.

Três dos contratos que foram renovados este mês têm países árabes como mercados prioritários ou como importadores em potencial. São os convênios firmados com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), chamado de Abrava Exporta; com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), batizado de Brazilian Health Devices; e com a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), o Brazilian Rice.

Outros três projetos não contemplam as nações árabes entre os mercados em potencial: Pet Brasil, com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet); FilmBrazil, com a Associação Brasil da Produção de Obras Audiovisuais (Apro); e Brasil Foodservice, com a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan).

De acordo com o gerente de exportação da Apex, Christiano Braga, a nova etapa dos projetos é mais audaciosa: “A meta para 2016 é exportar até US$ 800 milhões. É um plano mais audacioso e direcionado à diversificação de mercados”, afirmou Braga.

Ele disse que o “farol” para os projetos de exportação do Brasil é o Plano Nacional de Exportações (PNE), apresentado pelo governo em junho com foco no aumento das vendas ao exterior. “O Plano Nacional de Exportações é nosso farol e guia as ações de promoção comercial e coloca a diversificação em foco. Os países árabes são parte deste esforço de diversificação”, disse.

O projeto da Abrava resultou em exportações de US$ 321,5 milhões no ano passado e a expectativa é que o valor suba para US$ 389 milhões em 2016. Entre seus mercados prioritários estão países da América Latina e os Estados Unidos, com foco também em oportunidades nos Emirados Árabes Unidos e na Rússia.

Segundo a gestora técnica do projeto Abrava Exporta, Leila Vasconcellos, a parceria com a Apex-Brasil é realizada desde 2004. Em algumas etapas do projeto, os Emirados Árabes foram um mercado prioritário. As empresas associadas participaram da feira de construção Big 5, em Dubai, e realizaram missões comerciais a Dubai, Sharjah e Abu Dhabi, todas cidades dos Emirados Árabes.

“Há demanda para os produtos brasileiros do setor HVAC-R (de refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento), com muita concorrência de empresas de países da Ásia”, afirmou Vasconcellos. “Para esta fase do projeto, será um mercado de monitoração e acompanhamento da dinâmica e havendo demanda dos produtos e oportunidades para as empresas, este será retrabalhado”, disse.

O projeto Brazilian Health Devices, da Abimo, tem a Arábia Saudita como um dos destinos prioritários no segmento-médico hospitalar. Já no segmento de odontologia, os Emirados se juntam aos sauditas como importadores de primeira importância. Segundo os dados e previsões da Apex, o programa exportou US$ 122 milhões em 2014 e deverá atingir US$ 139,6 milhões em 2016. Os sauditas estão entre os clientes prioritários também do projeto Brazilian Rice.

A Apex tem 76 projetos de promoção comercial com instituições setoriais. Por meio desta iniciativa, empresas associadas participam de feiras e eventos internacionais para promover e vender seus produtos. Os projetos têm, geralmente, duração de dois anos e ao final deste período são renovados ou não.

Segundo Braga, além do PNE, o câmbio atual ajuda a impulsionar as exportações. No entanto, ele disse que para se internacionalizar e participar dos projetos setoriais, as empresas precisam se preparar. “Realmente houve um aumento na quantidade de consultas [sobre exportação] aqui na Apex-Brasil. Nós estamos diversificando o diálogo com novos públicos e também aproveitando a conjuntura favorável. Mas aquelas empresas que já participavam das nossas ações estão surfando melhor na onda do câmbio”, afirmou.

Fonte: Apex-Brasil

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