Da Redação
Brasília – As exportações brasileiras para os Estados Unidos tiveram uma queda de 7,63% nos cinco primeiros meses do ano mas como as vendas americanas para o Brasil t uma registraram uma retração ainda mais expressiva (-19,31%) o déficit no comércio bilateral com os Estados Unidos caiu de US$ 3,890 bilhões no período de janeiro/maio de 2014 para US$ 2,096 bilhões em igual período deste ano. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, os Estados Unidos foram o destino de 12,94% de todo o volume exportado pelo Brasil, enquanto os americanos tiveram uma participação de 14,96% nas importações brasileiras.
Do lado brasileiro, de janeiro a maio deste ano, o grande destaque no intercâmbio entre os Estados Unidos foi a forte queda nas exportações de petróleo, que registraram uma retração de 39,97% e geraram uma receita no montante de US$ 793 milhões, contra US$ 1,321 bilhão exportados nesse mesmo período de 2014. Igualmente expressivas foi a retração nas exportações de produtos semimanufaturados, de outras ligas de aço, que totalizaram este ano US$ 193 milhões, uma redução de 35,41% se comparados com US$ 416 milhões exportados para o mercado americano nos cinco primeiros meses de 2014. Também caíram as exportações de álcool etílico, que geraram receita no montante de US$ 134 milhões este ano, contra US$ 250 milhões exportados no ano passado.
De positivo, os dados do MDIC revelam aumentos relevantes nas exportações, entre outros produtos, de partes de turborreatores ou de turbopropulsores, que passaram de US$ 459 milhões exportados em 2014 para US$ 634 milhões enviados aos Estados Unidos no período janeiro/maio deste ano, uma alta de 38,06%. Ainda mais expressivo foi o aumento nas exportações de café não torrado, não descafeinado, em grão, no montante de US$ 495 milhões, contra US$ 437 milhões exportados no ano passado, uma alta de 13,24%. Elevação ainda maior aconteceu nas exportações brasileiras de outros niveladores, que passaram de US$ 73 milhões em 2014 para US$ 109 milhões no período janeiro/maio deste ano, alta de 48,81%.
Do lado americano, os dados do MDIC mostram igualmente uma forte redução nas vendas do principal item da pauta exportadora para o Brasil, o óleo diesel, que teve uma retração de 47,27% este ano, gerando uma receita no valor de US$ 713 milhões, contra US$ 1,352 bilhão exportados nos cinco primeiros meses do ano passado. Também caíram as exportações de outros inseticidas, que despencaram de US$ 201 milhões em 2014 para pouco mais de US$ 89 milhões este ano e de outros propanos liquefeitos, com uma queda de 65,37% para US$ 157 milhões, depois de terem atingido um montante de US$ 454 milhões exportados no período janeiro/maio de 2014.
Paralelamente a essas quedas, as exportações americanas para o Brasil tiveram aumentos expressivos nas vendas de diversos produtos manufaturados. Entre eles, merecem destaque outras gasolinas, exceto para aviação (aumento de 94,41% para US$ 246 milhões), locomotivas diesel elétricas (+106,75% para US$ 129 milhões), dumpers para transportar mercadorias (alta de 105,59% para US$ 118 milhões) e óleo diesel (+ 52,84% para US$ 95 milhões).