As vendas de máquinas agrícolas no mercado interno devem ter acréscimo de 4% a 4,5% neste ano em relação ao número recorde de 69.374 unidades observadas em 2012. A projeção é de Milton Rego, diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Essa previsão é inferior ao aumento da renda agrícola, mas temos que considerar que essas máquinas são mais potentes do que as máquinas médias vendidas em 2012, o que significa capacidade de trabalho superior a 4,5%”, explica o diretor.
Entretanto, as vendas para o mercado externo devem continuar em queda. Neste ano, houve recuo de 7,8% no número de máquinas exportadas e de 10,6% no valor dos equipamentos vendidos.
Sem falar em valores, Rego conta que a maior dificuldade deve continuar com as negociações com o mercado argentino. “O Brasil era responsável por dois terços da demanda argentina, mas foi substituído por produtores argentinos.
Tivemos pela primeira vez na história, em 2011, um produtor argentino como principal marca, por exemplo. Em 2012 a produção argentina cresceu 40%, na contramão das exportações para lá”, conta o executivo.
O diretor conta que o Brasil perdeu espaço em outros mercados importantes,como a África e os Estados Unidos, grande produtor de commodities, que passou a comprar máquinas principalmente da Polônia e da Turquia.
“As exportações brasileiras estão hoje concentradas no Mercosul e nos países andinos”, afirmou Rego.
Fonte: CMA