Brasília – As exportações do agronegócio atingiram a cifra recorde de US$ 36 bilhões no primeiro trimestre de 2023, com uma alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2022. O setor registrou participação de 47,2% nas exportações do Brasil no período.
A expectativa no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de que esses números ganhem uma maior robustez com as iniciativas visando a abertura de novos mercados para os produtos agrícolas no exterior. Ao mesmo tempo, a pasta trabalha na intensificação do comércio com a China e a União Europeia, os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro.
No primeiro trimestre, foram abertos dez mercados para os produtos brasileiros: algodão para o Egito; bovinos vivos para a Argélia; mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia para o Chile; sêmen bubalino para o Panamá; gelatina bovina para a Malásia; carne suína para venda direta in natura e carne bovina para o México; carne de aves para a Polinésia Francesa e embriões de equinos congelados para a Argentina.
As negociações junto ao mercado argentino foram iniciadas em abril de 2020. Com a aceitação do Certificado Veterinário Internacional (CVI), que atesta a sanidade do produto, a Argentina passa a aceitar a comercialização do produto de origem brasileira em seu mercado.
Outra pauta em destaque na ação do Mapa nos primeiros meses do governo Lula da Silva foi o fortalecimento da relação bilateral com a China, maior parceiro comercial do Brasil. Após a missão do Mapa ao país asiático, em março, o ministro da Agricultura e Pecuária Brasil, Carlos Fávaro, anunciou a derrubada do embargo à carne bovina brasileira, retomando as importações que ficaram paralisadas por 29 dias.
Durante a missão à China, também foram anunciadas a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação ao país asiático – fato que não ocorria desde 2019 -, além da retomada das exportações de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.
Outro destaque foi o trabalho visando restabelecer o diálogo com a União Europeia para abertura de novos mercados, com a retomada do contato entre as autoridades interrompido desde 2019.
(*) Com informações do Mapa