Abrafrutas promove em setembro missão para prospecção de negócios em Hong Kong

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Da Redação

Brasília – A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) promove, no início de setembro, missão empresarial de prospecção de negócios em Hong Kong, que contará com a participação de representantes dos principais produtores e exportadores nacionais de uvas, mangas, mamões papaia, melões e maçãs, entre outras frutas. O objetivo da missão é conhecer o mercado local e explorar as conexões de comércio proporcionadas por Hong Kong com países asiáticos asiáticos, como a Coreia do Sul e Singapura.

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Hong Kong

A missão a Hong Kong será chefiada pelo diretor de Assuntos Internacionais da Abrafrutas, Jorge Souza, e durante a estadia dos empresários brasileiros naquele país serão realizadas visitas a supermercadistas e varejistas locais para levantar as tendências, hábitos de consumo das pessoas e potencialidades dos mercados local e regional.

Além disso, os integrantes da missão vão visitar a Fruit Logistica Asia, a ser realizada de 7 a 9 de setembro e aproveitarão para assistir a conferências do Asiafruit Congress, um dos maiores eventos da fruticultura do continente asiático.

Gigante do comércio exterior

Presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos
Presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos

Com uma população de pouco mais de 7,3 milhões de habitantes, Hong Kong tem um Produto Interno Bruto  nominal (PIB) de US$ 307,79 bilhões (2015) e um PIB nominal “per capita” de mais de US$ 42 mil (dados de 2015). A origem do PIB de Hong Kong  tem uma forte concentração no setor de serviços (92,8%) e participação de 7,2% do setor industrial e apenas 0,1% da agricultura.

Apesar de pequeno em termos de área geográfica e população, Hong Kong é um verdadeiro gigante em matéria de comércio exterior. Ano passado, o intercâmbio comercial do país atingiu a cifra de US$ 1,046 trilhão, com exportações no total de US$ 499 bilhões e importações no montante de US$ 601 bilhões.

Para se ter uma ideia da importância desses números, em 2015, o Brasil, um país com 204 milhões de habitantes e um PIB de mais de US$ 2 trilhões, teve um fluxo comercial  (exportações+importações) de apenas US$ 363 bilhões.

A participação do Brasil no comércio exterior de Hong Kong é pouco expressiva. Em 2015, as exportações brasileiras para Hong Kong somaram  US$ 2,108 bilhões e as importações atingiram a cifra de US$ 618 milhões, o que proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 1,490 bilhão no comércio bilateral com os asiáticos. Este ano, de janeiro a junho, o Brasil exportou mercadorias no valor de US$ 1,189 bilhão e comprou US$ 211 milhões em produtos fabricados em Hong Kong.

Apesar da população pequena e, consequentemente, do baixo consumo, as exportações de frutas podem contribuir para o aumento desses números. Segundo o diretor-executivo da Abrafrutas, José Eduardo Brandão Costa, “Hong Kong não é um grande mercado para a fruticultura nacional, mas o país tem uma população com elevado poder aquisitivo e  é grande consumidora de frutas. Além do mais, trata-se de um mercado capitalista, diferentemente da China, que coloca uma série de entraves e barreiras sanitárias e fitossanitárias às exportações de frutas de outros países”.

Prospecção de mercados

Diretor-executivo da Abrafrutas, José Eduardo Brandão Costa
Diretor-executivo da Abrafrutas, José Eduardo Brandão Costa

Durante a missão, os empresários brasileiros realizarão visitas a supermercados e varejistas locais com o objetivo de conhecer o mercado e prospectar oportunidades de negócios não apenas com Hong Kong mas também junto aos países vizinhos, como a Coreia do Sul e Singapura.

A ideia é fazer com que esses agentes de negócios conheçam as potencialidades da fruticultura brasileira em matéria de diversidade de produção e capacidade exportadora de frutas como uvas, mangas, mamões, melões, maçãs e muitas outras.

José Eduardo Brandão Costa ressalta ainda que “vamos aproveitar também para fazer, in loco, um mapeamento das barreiras sanitárias e fitossanitárias adotadas por Hong Kong e por outros países da região, o que contribuirá para que os exportadores nacionais tenham um maior conhecimento prévio desses mercados antes de buscarem negócios na região. Além disso, pretendemos explorar as potencialidades oferecidas pelo fato de que esses profissionais têm um raio de ação que transcende aquele país e atinge outros mercados igualmente promissores para a fruticultura nacional”.

De 7 a 9 de setembro os empresários participarão da Fruit Logistic Asia, um dos grandes eventos do calendário mundial do setor de produção e comercialização de frutas frescas e desidratadas, vegetais, castanhas, ervas, pimentas, flores entre outros produtos. Além disso, o grupo deverá assistir a palestras do Asiafruit Congress, a ser realizado nos dias 6 e 7 de setembro, à margem daquela que é uma das maiores feiras desse segmento não apenas da Ásia mas de todo o mundo.

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