Abipecs confirma exportações de 607,49 mil t em 2009

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Apesar do “terremoto” que representou 2009 para o setor de carne suína do Brasil, com o surto da gripe A H1N1 (erroneamente chamada de “gripe suína”), as consequências da crise financeira global, com redução do crédito e do consumo externo, a piora cambial e a queda de preços internacionais, as exportações tiveram um bom desempenho em termos de volume, avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. O Brasil exportou 607,49 mil toneladas de janeiro a dezembro do ano passado, um crescimento de 14,75% em volume em relação ao mesmo período de 2008. Já o valor caiu 17,09%, passando de US$ 1,48 bilhão para US$ 1,23 bilhão.

Também foi muito bom o resultado de dezembro de 2009, quando as vendas externas cresceram 37,52% em volume (42,74 mil t), comparado a dezembro de 2008. Naquele mês, o Brasil e o mundo atravessavam momentos difíceis da crise internacional. Em valor, o resultado de dezembro de 2009 foi igualmente superior ao de dezembro de 2008: US$ 92,61 milhões, ante US$ 75,03 milhões.

Neste início de 2010, a Abipecs, parceira da Apex-Brasil no projeto de promoção de exportações de carne suína, também avaliou o comportamento do setor no mercado externo no período de 2005 a 2009. Os dados são interessantes: as exportações permaneceram basicamente estacionadas em torno de 600 mil toneladas. A receita se manteve ao redor de US$ 1,2 bilhão. O preço médio ficou por volta de US$ 2 mil a tonelada, descontado o pico apresentado em 2008.

Uma revelação surpreendente é que a participação do principal cliente, a Rússia, nas exportações brasileiras caiu de 65% para 44%, enquanto a de Hong Kong subiu de 10% para 20%, nos últimos cinco anos. (veja os gráficos em anexo).

A participação da Ucrânia, descontado o ano de 2005, se mantém em torno de 9%.

O destaque positivo é Angola, cuja participação passou de 0,8% para 5% das exportações brasileiras, superando mercados tradicionais, como Argentina e Cingapura.

O destaque negativo desses cinco anos foi a perda do mercado da África do Sul, que em 2005 era o quarto principal destino da carne suína brasileira.

Em 2009, os principais destinos das vendas do Brasil foram: Rússia, 266,52 mil toneladas; Hong Kong, 122,13 mil t; Ucrânia, 57,29 mil t; Angola, 30,39 mil t; e Argentina, 28,57 mil t.

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